À saída do encontro com o Presidente da República, na manhã desta quarta-feira, Rui Tavares destacou que o País passou de um "dia de rotina para uma excecionalidade política, com riscos pela frente, sem paralelo na nossa história democrática”. O Livre foi o primeiro dos partidos com assento parlamentar a ser recebido por Marcelo Rebelo de Sousa para discutir o futuro do Governo após a demissão de António Costa.
Precisamente por isso, “merecemos todos conhecer melhor os contornos do que nos trouxe até aqui. Um país que tenha normais relações entre órgãos de soberania tem que ter uma forma de relação com a cidadania que prime pela transparência”, vincou o deputado e porta-voz do Livre.
Feito este “ponto prévio de enorme relevância, e que pode colocar em questão o equilíbrio do nosso sistema e os pilares fundamentais do nosso regime”, caberá ao chefe de Estado definir um de dois caminhos.
“Se o caminho for o da dissolução do Parlamento”, então, disse, “estas eleições devem ser marcadas o mais depressa possível, não interessa que se prolongue uma situação de incerteza. (…) Se o cenário for outro é muito importante que o Presidente explique os critérios" que teve em conta.