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Governo aprova reforço no apoio às rendas para 2024, mas sem travão

No novo Conselho de Ministros, Marina Gonçalves, ministra da Habitação, anuncia um apoio reforçado para 2024, que não implica um travão - como aconteceu este ano.

Maria Madalena Freire

SIC Notícias

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira uma atualização automática do apoio à renda de 4,94% para mitigar os aumentos que decorrem da inflação e uma subida do valor dedutível em IRS de 502 para 550 euros.

Numa conferência com Marina Gonçalves, ministra da Habitação, e Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, o Governo anunciou uma renovação de apoio às rendas, mas sem travão.

“Este reforço do apoio existe em função da aplicação do coeficiente legal da atualização das rendas e tem efeitos em 2024. As famílias serão abrangidas pelo apoio à renda são as que já estavam com apoio à renda. Há uma medida universal de mitigação da aplicação de coeficiente que é por via fiscal”, esclarece Marina Gonçalves.

O reforço de 4,94% vai ser aplicado de forma automática a quem já recebe este apoio. Este reforço de 4,94% visa mitigar o impacto da atualização das rendas na sequência da fórmula prevista na lei e que, de acordo com o valor de inflação que lhe serve de referência, se vai traduzir num aumento de 6,94% das rendas em 2024.

A preocupação do Governo é mitigar e responder às famílias e garantir que há continuidade e estabilidade nos seus contratos de arrendamento.

Não haverá, no entanto, um travão imposto aos proprietários, como aconteceu em 2023.

“Lembrar que no último ano tivemos uma longa discussão sobre a habitação. Com base nisso, o que entendemos que a medida mais eficaz é o apoio em 2024, focarmo-nos não na mudança do coeficiente, mas no objetivo final, sendo isso responder às famílias”, explica a ministra da Habitação.

No que diz respeito ao que os proprietários consideram da medida, o Governo assegura que a medida dá estabilidade ao mercado e à vida dos arrendatários.

Com Lusa

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