Ativistas climáticos colaram-se a um avião da TAP que se preparava para partir do aeroporto da Portela, em Lisboa, com destino ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. De acordo com um comunicado enviado às redações pelo grupo Climáximo, os ativistas impediram a normalidade devido às emissões "absurdas e mortíferas" das viagens aéreas de curta duração.
Durante a manhã desta quarta-feira, dois ativistas do grupo Climáximo - que tem reivindicado várias ações de protesto ao longo das últimas semanas – entraram num avião da TAP e colaram-se ao interior.
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Depois de colada à aeronave, uma das envolvidas gritou:
"É absolutamente insano. Isto é atirar gasolina para uma casa em chamas. Como é que é possível o nosso Governo, as nossas empresas permitirem que estes voos aconteçam quando precisamos de cortar emissões?"
Duas ativistas estão retidas pela polícia
De acordo com o comunicado partilhado pelo grupo, a jovem que levou a cabo esta ação de protesto referiu ainda que "em Portugal há hoje menos ferrovia que no século passado, encerraram-se mais de 100 estações quando nós precisamos de transportes públicos renováveis, gratuitos e de qualidade. Eles não têm qualquer plano para garantir a nossa sobrevivência. Se estamos entregues a governantes que conscientemente condenam milhares à morte, temos o dever de resistir."
Neste momento, todas as ativistas foram identificadas e duas estão retidas pela polícia, presumivelmente a aguardar detenção.
O grupo Climáximo pretende, com todas os protestos que tem organizado, "cortar drasticamente as emissões que estão a condenar milhares de pessoas à morte". Na nota enviada às redações, o conjunto de ativistas sublinha que pretende cancelar os planos para a construção do novo aeroporto.
Por fim, vinca que voos como o de Lisboa-Porto devem acabar em detrimento de um serviço público de transportes coletivos "renováveis e gratuitos".