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Climáximo tapa buracos de campo de golfe com cimento

O grupo de ativistas pelo clima invadiu o campo de golfe do Paço do Lumiar durante a noite e colocou cimento em vários buracos. Os jovens colocaram também bandeiras com palavras de ordem ao longo dos vários holes.

Climáximo

Filipa Traqueia

O grupo Climáximo tapou com cimento vários buracos do campo de golfe do Paço do Lumiar, em Lisboa. Os ativistas defendem que as “empresas, CEOs e acionistas” devem “pagar a transição energética” em vez de gastarem os “seus lucros exorbitantes nestes campos”.

Além de cimentarem os buracos, o grupo de jovens deixou também bandeiras com a inscrição “desarmar as armas”, identificando como “armas” os aviões pela emissão de carbono.

“Estes espaços, dentro da cidade, ao invés de serem convertidos em floresta, habitação, hortas urbanas, ou dados qualquer tipo de uso público, servem para o luxo dos ricos, à custa de uma quantidade absurda de água", afirma um elemento do grupo não identificado, citado no comunicado.

Para o Climáximo, os campos de golfe "são como uma torre de marfim onde os culpados por estas crises se escondem enquanto que a população sofre com a seca e ondas de calor".

Os ativistas do Climáximo têm vindo a desenvolver protestos sucessivos contra a inação dos Governos e empresas na redução das emissões de carbono. Manifestam-se contra os “luxos da elite” e defende que a transição energética deve ser paga pelas “empresas, CEOs e acionistas”.

"As pessoas comuns estão a sofrer, a serem despejadas por senhorios ou inundações, sujeitas à precariedade pelos preços de uma energia fóssil e obsoleta, enquanto que uma elite goza descaradamente dos seus luxos. Vais aceitar isto?", questiona ainda o movimento.

Nas últimas semanas, os jovens ativistas bloquearam a passagem de veículos em várias estradas de Lisboa, pintaram fachadas, estilhaçaram os vidros da REN e atiraram tinta verde ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

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