Vários ativistas do grupo Climáximo lançaram, esta quinta-feira, tinta vermelha à fachada da sede da REN - Redes Energéticas Nacionais, em Lisboa, depois de terem protagonizado dois bloqueios de estradas, também na capital.
Os elementos que participaram nesta ação surgem em várias fotografias a segurar uma faixa com a mensagem: “Estão a destruir tudo o que amas”.
"[…] A REN está conscientemente a escolher manter e expandir a infraestrutura de gás fóssil em vez de parar estas armas de destruição em massa e implementar a transformação necessária em toda a rede elétrica. Está assim deliberadamente a garantir a morte de milhares de pessoas, todos os anos. Este é um dos crimes de guerra mais horrendos da história da humanidade, e não o deixaremos passar em branco", justificou uma das porta-vozes do Climáximo, Alice Gato, em comunicado.
Não é a primeira vez que este grupo recorre à tinta vermelha para protestar, já o tinham feito durante uma conferência sobre aviação na FIL, em Lisboa, atingido também apenas a fachada do edifício.
O grupo protagonizou um bloqueio da Segunda Circular, junto às Torres de Lisboa e em hora de ponta, na terça-feira de manhã. A iniciativa decorreu em frente ao edifício que também alberga a sede de Galp. Vários elementos acabaram detidos, incluindo dois jovens que se suspenderam do viaduto que se encontra sobre esta via e que tiveram de ser retirados do local com meios dos bombeiros.
Já na quarta-feira, um novo grupo de ativistas replicou este modelo na rua de São Bento, com vários jovens sentados no chão para impedirem a circulação de viaturas. Tal como na Segunda Circular, alguns deles foram inicialmente retirados do local por condutores. Mais tarde, com a chegada de agentes da PSP, também neste episódio se verificaram detenções.
[Notícia atualizada às 12:26]