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Irmãs colocadas a duas horas de distância, com escola a dois quilómetros de casa

Com a mudança de habitação, os pais pediram transferência escolar, mas não conseguiram vaga na escola da área de residência. As filhas andam, todos os dias, duas horas nos transportes públicos.

SIC Notícias

Duas irmãs, que vivem na Charneca da Caparica, em Almada, foram colocadas numa escola a mais de duas horas de distância de casa. Esperam, há mais de uma ano, pela transferência para escola da área de residência que fica a dois quilómetros de casa (o Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté), que ainda não aconteceu por estar “sobrelotada de alunos”.

Com a mudança de habitação do Seixal para a Charneca da Caparica, os pais destas alunas pediram transferência das duas mais velhas e de uma mais nova, mas não conseguiram vaga na escola da área de residência.

“A escola está a começar. O ano passado ficaram uma semana em casa a perder aulas, a perder dias, a perder matéria, à espera da transferência que não chegou a haver, e este ano eu não quero isso para elas”, afirma a mãe das alunas, Marina Costa.

Segundo a mãe destas duas duas irmãs, o ano passado foi de calvário para a família, que mudou de casa em setembro.

“Saíamos de casa às seis da manhã, para ir apanhar um autocarro para a praia da Fonte da Telha, para ficarmos na praia sensivelmente 40 minutos, para apanharmos um autocarro para Paio Pires que passa ao pé da porta da escola onde elas estão a estudar. Por vezes esse autocarro não aparecia, e tínhamos de apanhar outro autocarro para a Cruz de Pau e outro para a escola”, acrescenta a mãe.

Para além do percurso penoso que esta família enfrentava, acrescem as dificuldades horárias por as filhas terem horários escolares desencontrados, que obriga a longas esperas familiares.

Esta família já recorreu a várias reclamações e fez inúmeros pedidos de ajuda, mas sem sucesso.

A filha mais nova conseguiu, entretanto, vaga para este ano na escola básica do agrupamento do local de residência, mas a solução “não alivia em nada” a carga familiar.

Contactado pela SIC, o o Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté esclarece que, devido ao número excessivo de alunos, há transferências e matrículas a serem atualizada diariamente, havendo turmas que já ultrapassaram o limite.

Ainda assim, as duas meninas são as próximas da lista de espera a serem colocadas, situação que poderá acontecer brevemente

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