As medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, esta quarta-feira na ‘rentrée’ do Partido Socialista, destinam-se sobretudo aos jovens. Para os universitários ouvidos esta sexta-feira pela SIC, faltam apoios diretos para que possam pagar as propinas e continuar a viver em Portugal.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quarta-feira que por cada ano de trabalho em Portugal o Governo vai devolver aos estudantes as propinas pagas no ensino público, e revelou alterações ao IRS Jovem. Também, a partir de janeiro do próximo ano, os passes de transporte sub-23 passarão a ser gratuitos para todas as crianças e jovens até aos 23 anos,
Vários são os jovens que dizem que “é uma ajuda” para prosseguirem com os estudos, mas outros continuam a ter como planos a emigração.
O passe gratuito para jovens até aos 23 anos é medida mais popular entre os jovens, que afirmam que ter de gastar menos 40€ euros todos os meses "é uma maravilha".
Relativamente à progressão de estudos no ensino superior, o facto de as propinas apenas serem devolvidas no final do curso é visto por alguns como um entrave que "continua a impedir que pessoas com menos possibilidades entrem no ensino superior".
A emigração é uma vista como uma possibilidade para alguns dos estudantes.
“Não penso que seja por isso que vou deixar de ir para o estrangeiro. É uma ajuda, claramente, mas ainda há muitos mais problemas neste país que têm de ser resolvidos”, afirmam.
“Eu realmente vim com o incentivo de pensar que se calhar vou ter de trabalhar fora. E se realmente forem trabalhando todas estas medidas talvez fique cá”, acrescenta outra estudante.