Quase dois terços das novas drogas detetadas em Portugal, nos primeiros sete meses, estão nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. A informação é avançada pelo jornal Público.
O Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária fala de um “peso enorme” do consumo de novas substâncias psicoativas nos Açores e na Madeira: os resultados das perícias realizadas nos arquipélagos onde se comprovou a presença de novas substâncias psicoativas correspondem a 60% de todo o país.
Um dos motivos para esta diferença entre o continente e as ilhas poderá estar relacionado com o preço de venda das drogas sintéticas nos arquipélagos, que é mais baixo que o das drogas clássicas.
Segundo a Polícia Judiciária, os dados representam a soma das perícias realizadas em ambos os arquipélagos, não sendo possível separar.
Os dados mostram que a grande diferença entre as perícias realizadas diz respeito às novas drogas. Em relação às perícias para todas as drogas, os arquipélagos representam entre 7% e 8% dos casos analisados.
Nos últimos anos, tem aumentado o número de internamentos nas ilhas, associados ao consumo de novas substâncias psicoativas.