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Buscas no PSD: partido vai expor caso ao Conselho Superior do Ministério Público

O PSD quer que o Conselho Superior do Ministério Público se pronuncie sobre a investigação contra o PSD e Rui Rio. Luís Montenegro diz estar preocupado com os documentos sobre a estratégia política que também foram recolhidos.

SIC Notícias

Lusa

Luís Montenegro anunciou que o PSD vai fazer uma exposição ao Conselho Superior do Ministério Público sobre as buscas da semana passada, depois de ter recebido uma resposta da procuradora-geral da República (PGR) considerada insuficiente.

"Temos de garantir que em Portugal a democracia funciona", afirmou Luís Montenegro, no jantar do grupo parlamentar do PSD.

Depois de alguns deputados terem criticado a forma como a direção do partido e da bancada reagiu às buscas efetuadas pela Polícia Judiciária à casa do ex-presidente Rui Rio e a sedes do partido, Montenegro lembrou que foi enviada uma carta a Lucília Gago um dia depois, alertando para a desproporção das mesmas.

"A senhora procuradora-geral entendeu responder-nos dizendo apenas que tinha tomado nota e enviado para o processo a nossa preocupação. É naturalmente pouco", afirmou.

Por isso, anunciou, nos próximos dias o partido decidiu "apresentar uma exposição ao Conselho Superior do Ministério Público para que seja apurada toda a envergadura e todo o respeito das regras destas diligências", por um lado.

"Por outro lado, para que nunca seja permitido que a informação apreendida e que não é necessária possa ser salvaguardada. Não vamos aceitar que quem quer seja possa ter elementos que possa usar para condicionar ação política do partido", afirmou.

Sem responder diretamente ao apelo de alguns deputados para que a PGR fosse chamada ao Parlamento, Montenegro assegurou que o partido "não quer ofender ninguém nem ir a correr patrocinar alterações legislativas", apelando à colaboração de todos para "não haver nenhuma dúvida sobre a conduta política" do PSD.

"Não somos daqueles que tratam de assuntos sérios de forma irresponsável. Não vejo razão nenhuma para nós estarmos a ter qualquer posição assente em estados de alma ou em agendas pessoais de quem quer que seja", afirmou.

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