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Buscas ao PSD e a Rio: Presidente Marcelo explica silêncio por ser "fusível de segurança"

Questionado sobre as buscas ao PSD e a Rui Rio, Presidente da República salienta a separação de poderes e explica o seu silêncio. Aos jornalistas falou ainda sobre a Jornada Mundial da Juventude.

Rita Rogado

O Presidente da República salienta que há uma separação de poderes entre a justiça e a política. Foi essa a principal mensagem que Marcelo Rebelo de Sousa quis passar quando questionado pelos jornalistas sobre as buscas à sede do PSD e a casa de Rui Rio. Sobre a Jornada Mundial de Juventude, garante que o dispositivo para o evento não vai prejudicar o de combate aos incêndios.

Questionado sobre declarações de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, Marcelo diz que não comenta.

"Se o Parlamento entende que deve chamar quem quer que seja, do público ou do privado, ao Parlamento tem esse poder. É uma ponderação política feita pelo Parlamento", afirma.

O presidente da Assembleia da República (AR) defendeu, segunda-feira, que o Ministério Público (MP) deve um esclarecimento ao país sobre as buscas à casa de Rui Rio e ao PSD, sustentando que foi cometido um crime em direto.

O Presidente da República reforça que deve ter uma posição de "árbitro" e, "em última análise, ser um fusível de segurança".

No entanto, refere que não é por não falar que não acompanha a situação.

Aos jornalistas, explica que quer evitar que haja "problemas de separação de poderes".

"Acho que todos perceberão que, neste tema, deve atuar-se de forma que cada órgão exerça os seus poderes, não dando a sensação aos portugueses de que há uma espécie de guerra ou de luta entre os responsáveis políticos e aqueles que funcionam em termos de investigação judicial", afirma.

JMJ: dispositivo paralelo aos fogos e as principais preocupações

Em relação à Jornada Mundial da Juventude, garante que os meios mobilizados para o evento não vão afetar o combate aos fogos. Marcelo diz tratar-se de estruturas autónomas.

O Presidente esclarece ainda que, para a jornada, que se realiza no início de agosto em Portugal, as principais preocupações são a mobilidade e as comunicações

"Além do principal, vamos ter outros sistemas de comunicação paralelos que podem substituir o principal para evitar saturação. Vai haver pessoas de todo o mundo a receberem chamadas de todo o mundo.".

Sobre a mobilidade, garante que vai haver um "acompanhamento permanente", numa área entre Loures e Cascais.

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