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Ministério da Saúde cancela reunião com sindicato dos médicos em cima da hora

FNAM vê o cancelamento "com estranheza" e alerta que, face à “incapacidade do Ministério da Saúde em responder aos apelos dos médicos e dos seus doentes”, a greve agendada para 5 e 6 de julho “é cada vez mais uma inevitabilidade".

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SIC Notícias

Lusa

O Ministério da Saúde cancelou a reunião com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que estava marcada para esta terça-feira, poucas horas antes do início do encontro.

"O Ministério da Saúde cancelou a reunião negocial prevista para o dia 20 de junho, a poucas horas de a mesma se realizar. A FNAM vê com estranheza, e mesmo alguma 'tristeza', este cancelamento, a menos de duas semanas da data limite do protocolo negocial", afirma a federação de sindicatos no comunicado.

As negociações para aumentos salariais começaram há mais de um ano, mas ainda não houve entendimento entre os sindicato e o Executivo. Se o Governo não chegar a acordo com os médicos até ao final deste mês, o verão nos hospitais pode ser ainda mais complicado.

Os sindicatos alertam que a greve, marcada para 5 e 6 de julho, “é cada vez mais uma inevitabilidade, face à incapacidade do Ministério da Saúde em responder aos apelos dos médicos e dos seus doentes”.

Afirmam que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, manifestou "estranheza e até tristeza" com o anúncio da greve de 5 e 6 de julho, por parte dos médicos, "mas nada fez para o evitar". Queixam-se da falta de “uma proposta concreta de atualização de grelhas salariais” e da apresentação de um “muito vago regime de dedicação para os médicos”.

"O histórico de cancelamento de reuniões e a falta de propostas revelam algum amadorismo por parte do Ministro da Saúde em relação aos seus parceiros sociais", afirma a FNAM, advertindo que, "num momento em que se agudiza a falta de médicos nos centros de saúde e nos serviços de urgência, esta atitude demonstra uma clara fragilidade e falta de capacidade política em resolver os problemas".

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