Israel confirma que está mesmo a preparar uma operação em larga escala em Rafah, no sul da faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelita garante, no entanto, que o exército só avança depois da retirada dos civis para zonas consideradas seguras e avisa que não cede a pressões internacionais.
Os hospitais palestinianos estão praticamente todos sem funcionar. O de Khan Younis, por exemplo, tem agora apenas quatro médicos, depois da invasão das tropas de Israel, a meio da semana passada.
Nas últimas 24 horas, a ofensiva fez um total de 127 mortos e mais de 200 feridos. Só a norte de Rafah, um bombardeamento israelita matou pelo menos seis palestinianos. Enterram-se os mortos. De terra em terra, Ahmed já perdeu o primo e a mãe.
A história de Ahmed é idêntica à de milhão e meio de palestinianos, confinados em Rafah. Israel vai mesmo atacar em força a cidade, apesar dos apelos e das pressões vindos de todo o lado.
A norte de Rafah, como em toda a faixa de Gaza, espaço é mesmo o que não falta. O que falta é tudo o resto. É também por isso que as negociações, mediadas pelo Qatar, permanecem num impasse.