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Operação em Rafah: Biden pede a Netanyahu que garanta segurança de civis

O Presidente norte-americano telefonou ao primeiro-ministro israelita e manifestou-se contra uma operação em Rafah que não tivesse "um plano credível e exequível para garantir a segurança dos civis".

EVELYN HOCKSTEIN

Lusa

SIC Notícias

O Presidente dos Estados Unidos expressou, numa conversa telefónica com o primeiro-ministro de Israel, oposição a uma operação militar em Rafah que não garanta a segurança dos civis, de acordo com um comunicado da Casa Branca.

Joe Biden reiterou, na quinta-feira, "a posição de que uma operação militar não deve ter lugar sem um plano credível e exequível para garantir a segurança dos civis em Rafah", cidade no sul da Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de civis se refugiaram em fuga da guerra, lê-se na nota.

Durante a conversa telefónica, o líder norte-americano indicou a urgência de fazer chegar ajuda humanitária aos palestinianos.

Os dois líderes também discutiram as negociações de Israel com o grupo islamita palestiniano Hamas para a libertação de reféns.

Netanyahu rejeitou até agora as propostas do Hamas para uma trégua e uma troca de prisioneiros e, enquanto aguarda nova oferta, continua as operações militares na Faixa de Gaza.

Na quinta-feira, e depois de 25 dias de cerco, o exército israelita invadiu o Hospital Nasser em Khan Yunis, no sul do enclave, afirmando ter "informações credíveis" dos serviços de informações de que o Hamas mantinha alguns dos reféns israelitas nesse centro e podia haver corpos de reféns.


Já na terça-feira, os Estados Unidos tinham pedido a Israel para evitar uma ofensiva sobre a cidade de Rafah sem que houvesse um plano humanitário prévio para a região. No mesmo dia, a China apelou a Telavive que suspenda a operação militar “o mais rápido possível”.

No dia a seguir, o Presidente francês, Emmanuel Macron, falou ao telefone com o primeiro-ministro de Israel, tendo-lhe transmitido que as operações em Gaza "têm de parar" porque "o custo humano e a situação humanitária" são "intoleráveis".

Esta quinta-feira, os líderes da Austrália, do Canadá e da Nova Zelândia advertiram Israel contra uma operação terrestre na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, considerando que "seria catastrófica".

Numa rara declaração conjunta, os três países da Commonwealth pediram ao Governo de Benjamin Netanyahu para "não seguir esse caminho".

No mesmo sentido, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha também deixa avisos a Israel sobre a ofensiva em Rafah, dizendo que seria uma "catástrofe humanitária".

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