"Em Marcha": o nome do movimento que em 2017 elegeu Emanuel Macron, pode agora ser o slogan dos milhares de agricultores que avançam por toda a França, em direção a Paris. Para tentar travar a crise, o Governo recorre à União Europeia, pedindo um estatuto de exceção.
Antes da capital, os manifestantes pretendem cercar um dos maiores centros de distribuição alimentar da Europa. Os agricultores ficam de um lado, as autoridades do outro. É assim em muitas estradas. Sem registo de confrontos, não basta para impedir que o protesto siga em frente.
Insuficientes para os manifestantes foram também as palavras do novo primeiro-ministro, no Parlamento em Paris. O discurso foi acompanhado em direto pelas estradas de todo o país, mas não convenceu muita gente.
Os protestos dos agricultores obrigaram também o Presidente francês a referir-se ao assunto, numa visita à Suécia. Macron vai estar na quinta-feira em Bruxelas e leva duas propostas à presidente da Comissão Europeia.
As propostas pretendem reforçar a Política Agrícola Comum, aumentando o protecionismo, numa altura em que os protestos e os bloqueios se espalham por toda a Europa.
Portugal pode ser o próximo
Bélgica, Alemanha, Polónia e agora também em Itália. Numa das principais autoestradas de acesso a Roma, os agricultores já estão em marcha. E Portugal pode ser o próximo.