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PM escocês critica homólogo britânico por bombardear Houthis (sem debate no Parlamento)

Na noite de quinta-feira, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam várias províncias controladas pelos Houthis no Iémen em retaliação após semanas de ataques a navios comerciais e militares no Mar Vermelho.

Primeiro-ministro escocês, Humza Yousaf
Paul Ellis

Lusa

O primeiro-ministro do governo autónomo da Escócia, Humza Yousaf, criticou esta sexta-feira o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, por não ter convocado o parlamento para discutir a ação militar contra os Houthis no Iémen.

"O Reino Unido não tem um bom historial no que se refere a intervenções militares no Médio Oriente. É por isso que a Câmara dos Comuns deveria ter sido convocada hoje, antes de qualquer ação militar, para permitir que os deputados debatessem e examinassem os planos do Governo do Reino Unido para uma ação militar", disse, durante discurso esta manhã em Glasgow para lançar a campanha eleitoral do Partido nacional Escocês.

Na noite de quinta-feira, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam várias províncias controladas pelos Houthis no Iémen em retaliação após semanas de ataques a navios comerciais e militares no Mar Vermelho.

Rishi Sunak alegou que os ataques foram "necessários, proporcionais e direcionados a alvos militares para degradar e perturbar a capacidade dos Houthis".

Segundo o chefe de Governo, a decisão foi tomada após uma reunião de emergência do Conselho de Ministros e adiantou ter informado políticos de partidos da oposição.

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, manifestou apoio à ação militar, mas exigiu um depoimento "o mais depressa possível", enquanto o líder dos Liberais Democratas, Ed Davey, entende que a Câmara dos Comuns, que não se reuniu hoje, devia ter sido convocada. Sunak prometeu fazer uma declaração parlamentar sobre o assunto na segunda-feira e responder a perguntas dos deputados.

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