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Egito irá ajudar a retirar perto de 7.000 pessoas de Gaza por Rafah

A fronteira de Rafah abriu, esta quarta-feira, pela primeira vez desde o início do conflito, para permitir a passagem de mais de 300 estrangeiros ou civis com dupla nacionalidade. Esta é a única fronteira de Gaza que não é com Israel.

IBRAHEEM ABU MUSTAFA

Lusa

O Egito vai ajudar a retirar cerca de 7.000 estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade da Faixa de Gaza, anunciou esta quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.

Durante uma reunião com diplomatas estrangeiros, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Ismail Khairat, disse que o Egito se prepara "para facilitar a retirada e receção de cidadãos estrangeiros de Gaza através do ponto de passagem de Rafah", acrescentando que são "cerca de 7.000" e representavam "mais de 60 nacionalidades".

Desde dia 7 de outubro que a Faixa de Gaza tem sido bombardeada por Israel, em resposta a um ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas em solo israelita, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.

O conflito entre Israel e o Hamas, classificado como uma organização terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, causou já milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

A situação humanitária na região é descrita como catastrófica pela ONU e pelas organizações não-governamentais presentes.

Retirados de Gaza mais de 300 estrangeiros e civis com dupla nacionalidade

Na quarta-feira, foram retirados de Gaza para o Egito, através da passagem de Rafah, 76 palestinianos feridos, transportados em ambulâncias, e 335 estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade, que seguiram de autocarro.

Entre os estrangeiros estão 31 austríacos, quatro italianos, cinco franceses e alguns alemães, cujo número não foi especificado.

Um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, disse que os cidadãos norte-americanos também deixaram Gaza, sem especificar o número.

Mais de 8.700 pessoas, incluindo 3.648 crianças, foram mortas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, o movimento que controla este território.

Em Israel, mais de 1.400 pessoas, principalmente civis, foram mortas durante o ataque do Hamas, segundo as autoridades.

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