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Ataques a campo de refugiados em Gaza podem ser "crimes de guerra", diz ONU

Dezenas de palestinianos foram mortos no bombardeamento ao maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, um ataque que o exército israelita confirmou, indicando que visava um dos responsáveis pelo ataque do Hamas de 7 de outubro.

Campo de refugiados em Gaza
STRINGER

Lusa

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou esta quarta-feira que os bombardeamentos de Israel contra o campo de refugiados palestinianos de Jabaliya, na Faixa de Gaza, "podem constituir crimes de guerra".

"Dado o elevado número de vítimas civis e a escala de destruição na sequência dos ataques aéreos israelitas ao campo de refugiados de Jabaliya, estamos seriamente preocupados com o facto de se tratar de ataques desproporcionados que podem constituir crimes de guerra", escreveu o Alto Comissariado numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).

Guterres diz-se “chocado”

Já esta quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez também saber, através de um porta-voz, que está chocado com o bombardeamento israelita no campo de refugiados de Jabaliya.

"O secretário-geral está chocado com a escalada da violência em Gaza, causando a morte de palestinianos, incluindo mulheres e crianças, em ataques aéreos israelitas em áreas residenciais do densamente povoado campo de refugiados de Jabaliya", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, no seu 'briefing' diário à imprensa.

Dezenas de palestinianos foram mortos no bombardeamento de terça-feira ao maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, um ataque que o exército israelita confirmou, indicando que visava um dos responsáveis pelo ataque do Hamas de 7 de outubro.

Já esta quarta-feira, a defesa civil de Gaza anunciou que o exército israelita tinha voltado a atacar o campo de refugiados e que este novo bombardeamento tinha "matado famílias inteiras".

Mais de 8.500 pessoas foram mortas e milhares de outras ficaram feridas nos bombardeamentos com que Israel retaliou o ataque desencadeado pelo Hamas, considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia e que controla Gaza desde 2007, quando expulsou do território o partido Fatah, que governa a Cisjordânia.

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