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Quais os principais objetivos da visita de Biden a Israel?

Marta Brito dos Reis analisa os últimos desenvolvimentos da crise no Médio Oriente, com destaque para a visita do Presidente dos Estados Unidos a Israel.

SIC Notícias

O Presidente dos EUA chegou esta quarta-feira a Telavive para uma visita histórica a Israel, numa clara demonstração do apoio norte-americano ao Governo israelita. Marta Brito dos Reis explica que Benjamin Netanyahu e Joe Biden "não são os melhores amigos", mas que a Administração norte-americana está determinada a travar o agravamento da crise no Médio Oriente.

"Eles não são os melhores amigos. Quando Joe Biden foi vice-presidente de Barack Obama, Benjamin Netanyahu foi o responsável por tentar implodir o acordo nuclear que os Estados Unidos tinham feito com o Irão e diz que Joe Biden nunca lhe perdoou isso", realça a subdiretora de Informação da SIC.

Quanto aos objetivos de Joe Biden e dos Estados Unidos, Marta Brito dos Reis começa por referir que "fontes próximas da Casa Branca dizem que Biden não aceitou partir sem ter a garantia israelita de que seria permitido entrar ajuda humanitária em Gaza e que terá sido isso que o levou a fazer a visita num momento tão difícil".

Para Marta Brito dos Reis, serão três os grandes objetivos do Presidente norte-americano nas diligências diplomáticas no Médio Oriente, já iniciadas pelo secretário de Estado Antony Blinken.

"Abrir Rafah, nem que seja para a saída de cidadãos com dupla nacionalidade, porque a Jordânia e o Egito já deixaram bem claro que não querem mais refugiados palestinianos. Ninguém quer os palestinianos, mesmo os países árabes, não querem mais refugiados palestinianos.

Vai tentar criar zonas seguras dentro de Gaza para quando decorra a ofensiva Israelita.

Depois vai tentar garantir que Israel cumpra, como democracia que é, as regras do direito internacional e as leis da guerra".

A subdiretora de Informação da SIC sublinha também a influência de Joe Biden e da diplomacia americana que "se calhar, é aquilo que está a travar ainda um pouco Israel, que sabe que não aguentará a guerra sem o apoio americano".

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