Henrique Cymerman, correspondente da SIC em Israel, não sabe quando começará a invasão de Israel na Faixa de Gaza, mas sabe que o atraso se deve a negociações mediadas pelos Estados Unidos e a intervenção do Egito. Os norte-americanos poderão estar já a preparar uma nova forma governativa na Palestina.
“Ninguém sabe [quando começa a invasão], ainda se está a negociar e o secretário de Estado norte-americano está em Israel. Há negociação entre Israel e Egito, com ajuda dos norte-americanos, e estão a tentar decidir como se pode evitar uma tragédia humanitária e permitir a entrada de camiões com ajuda, que estão à espera, e permitir que alguns palestinianos, sobretudo os que têm nacionalidade estrangeira. possam abandonar o país para o Egito”; diz o jornalista.
Supostamente, hoje às 7:00 de Lisboa, a fronteira do Egito era para ter sido aberta para deixar passar alguns palestinianos, antes da invasão israelita, mas ainda não aconteceu.
Henrique Cymerman explica, também, que a troco deste “impasse” Israel exige que o Hamas devolva parte dos reféns, sendo que o número atualizado de raptos contabiliza 199 pessoas levadas no dia 7 de outubro.
“Eles são a chave de tudo, Israel pede que algumas senhoras idosas, de 90 anos, e alguns bebés sejam devolvidos como espécie de gesto por parte do Hamas para haver ajuda humanitária aos palestinianos”; contextualiza.
Depois da invasão, Cymerman acredita que os Estados Unidos estejam a reunir as condições para que o presidente palestiniano, que recentemente se demarcou das “atrocidades” provocadas pelo Hamas, possa vir a derrubar o Governo e o braço armado do grupo terrorista.
“O que vai acontecer vai trazer uma nova arquitetura mundial”, conclui o correspondente.