Depois de na passada sexta-feira um jovem de 20 anos ter esfaqueado mortalmente um professor na escola secundária de Gambetta-Carnot, na cidade de Arras, o estabelecimento de ensino volta a estar em alerta, desta vez devido a uma ameaça de bomba.
De acordo com o jornal francês L'Éveil, vários alunos e professores tiveram de abandonar a escola, esta segunda-feira, pelas 10:30 (9:30 em Portugal continental), no momento em que prestavam uma homenagem a Dominique Bernard, o professor assassinado na sexta-feira.
Neste momento, as autoridades locais já montaram uma operação no local e a brigada de minas e armadilhas já está a realizar buscas nas instalações.
Segundo o mesmo jornal francês, que cita o La Voix du Nord, o alerta foi acionado após a polícia receber uma mensagem via internet.
Normalidade retomada após investigação policial
Pelas 11:20 (em Portugal), a polícia local recorreu à rede social X para anunciar que as operações na escola tinham terminado e que os professores e os alunos iriam regressar às instalações.
“Fim da operação: todas as dúvidas foram dissipadas. A ameaça de bomba foi levantada. Os alunos e o pessoal docente regressaram à escola”, pode ler-se na publicação.
Depois do ataque da passada semana, até 7.000 soldados da operação Sentinelle foram mobilizados em toda a França até esta segunda-feira.
A operação Sentinelle foi lançada em 2015 pelo então presidente, o socialista François Hollande, devido à vaga de atentados jihadistas que atingiu o país nesse ano (atentados do Bataclan e Charlie Hebdo).
Este sistema, ativo desde então, conta com 10.000 efetivos, dos quais 3.000 na reserva, e é mobilizado em função dos alertas terroristas.
Desde 2012, os atentados terroristas jihadistas em França mataram 272 pessoas e feriram 1.200, nomeadamente em 2015 e 2016.
Artigo atualizado às 11:48