Uma professora morreu e várias pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque com arma branca no liceu Gambetta d’Arra, em França, numa localidade perto de Lille. Guilherme Monteiro, correspondente da SIC no país, revela que ainda não são conhecidas as motivações do suspeito.
De acordo com a televisão francesa BFMTV, o suspeito autor do ataque, de nacionalidade chechena, terá gritado “Allahu Akbar".
O suspeito, de 20 anos, foi detido pela polícia, como confirmou já o ministro Gérald Darmanin na rede social X (antigo Twitter).
O irmão do atacante, de 17 anos, também foi detido pelas autoridades de segurança francesas. A procuradoria nacional antiterrorismo anunciou que abriu uma investigação sobre este caso.
A Assembleia Nacional anunciou que iria suspender o seu trabalho em solidariedade com as vítimas, e o Presidente Emmanuel Macron deve deslocar-se ao local do ataque, que fica na cidade de Arras, no departamento de Pas-de-Calais, no norte de França.
Os meios de comunicação franceses France Info e BFM informaram que o agressor era um ex-aluno da escola.
Jovem estava referenciado pela polícia francesa
O corresponde da SIC em França, Guilherme Monteiro, faz o ponto de situação e revela que o jovem ainda feriu, pelo menos, dois funcionários da escola - um segurança e outro professor -. Indica que, de acordo com as mais recentes notícias divulgadas pelas autoridades locais, nenhum aluno sofreu ferimentos.
As motivações do autor do crime são, para já, desconhecidas. Contudo, o jornalista revela que o jovem integrava uma lista da polícia francesa de pessoas radicalizadas ou com tendência para a radicalização.
Guilherme Monteiro recorda que França está em alerta máximo devido ao terrorismo, dado que, por norma, quando existem conflitos no Médio Oriente o país sofre repercussões. Motivo que levou o Governo francês a mobilizar 10.000 agentes da autoridade para vários locais, especialmente ligados à comunidade judaica.
A agência Reuters escreve que a polícia francesa acredita que, para já, nada aponta para uma ligação entre o ataque e os recentes acontecimentos em Israel e em Gaza.
Artigo atualizado às 13:29