A russa Koku Istambulova, considerada a mulher mais velha do mundo, morreu em agosto, aos 129 anos.
Segundo o jornal britânico Mirror, a mulher que se tornou-se famosa na Rússia depois de entrar para o livro de recordes daquele país, sobreviveu à repressão do governo de Estaline, iria comemorar o seu 130.º aniversário no dia 1 de junho do próximo ano.
De acordo com o neto de Koku, a mulher jantou normalmente no dia em que morreu, na sua casa na aldeia da Chechénia.
“Ela estava falando e brincando normalmente. De repente sentiu-se mal, sentiu uma dor no peito. Chamamos o médico, que nos informou que a tensão dela estava baixa e foram-lhe aplicadas injeções. Mas não conseguiram salvá-la, ela morreu tranquilamente e totalmente consciente", afirmou o familiar.
Apesar da longevidade, Istambulova disse por diversas vezes em entrevistas que concedeu que considerava um "castigo" esta longa vida, acrescentando que não foi feliz "um único dia" da sua vida.
Num testemunho extraordinário e comovente transmitido no ano passado, Koku relatou o terrível dia, há 75 anos, em que o seu povo checheno foi deportado em massa para o Cazaquistão pelo governo de Estaline.
“Estaline alegava que o nosso povo colaborava com os nazis, disseram-nos que éramos pessoas más e por isso tivemos que partir. Foi um dia hórrivel, frio e sombrio. Fomos colocados num comboio e levados para onde ninguém sabia o destino. As carruagens estavam cheias de pessoas, com lixos e dejetos por todo o lado”, contou Istambulova na altura.
Koku Istambulova foi sepultada na sua aldeia natal, Bratskoe, deixando cinco netos e 16 bisnetos. Nasceu quando a Rainha Vitória ainda estava no trono do Reino Unido, antes da coroação de Nicolau II, o último o último czar da Rússia e sobreviveu ainda à União Soviética.