Johanna Mazibuko. Este é o nome de uma mulher que vai ficar para a história como uma das pessoas que viveu mais de 120 anos.
Mãe de sete filhos, morreu na própria casa em Jouberton, África do Sul, no dia 3 de março, a poucos meses de completar 129 anos de vida.
Johanna tinha documentos que comprovam que nasceu a 11 de maio de 1894, o que faria dela a pessoa mais velha do mundo.
Como nunca teve oportunidade de frequentar a escola, não sabia ler nem escrever.
Por ocasião do seu 128º aniversário, a habitante de Jouberton disse não ter grandes recordações da infância, mas havia algo que não esquecia: a comida.
"Vivemos muito bem nas quintas. Não existiam problemas. Não me lembro bem da minha infância, mas lembro-me de uma infestação de gafanhotos. Alguns podíamos comer, era como se estivéssemos a comer carne. Nós só os fritávamos", revelou.
"Eu cresci saudável, comia principalmente espinafres selvagens e leite fresco. Agora, como comida moderna. Estou acostumada, mas sinto falta da comida com a qual cresci.", acrescentou.
Pela mesma altura, a mulher questionou-se sobre o sentido de estar viva.
“Estou impressionada por ainda estar aqui depois de tantos anos. Porque é que ainda estou aqui? As pessoas à minha volta estão a morrer. Quando é que vou morrer? Qual é o sentido de estar viva? O mundo cansou-me porque estou aqui sentada sem fazer nada.”
A mulher foi casada com Stawana Mazibuko, com quem teve sete filhos, dois dos quais ainda estão vivos. Johanna tem mais de 50 netos e bisnetos.
Em declarações ao News24, a nora Thandiwe Wesinyana, que também é cuidadora, disse que a causa de morte de Johanna poderá ter sido um derrame, já que no dia 14 de fevereiro tinha sido levada para o hospital para tratar desse problema. No dia 28 de fevereiro recebeu alta e acabou por morrer três dias depois, em casa.
De acordo com a Thandiwe Wesinyana, o dia a dia de Johanna era passado a conversar e a beber chá.
"Gostávamos de rezar juntas e passávamos a maior parte dos nossos dias a beber chá e a conversar. Não sei com quem me vou divertir agora.", disse.
"Abriu-se uma ferida, o meu coração está dorido, estou despedaçada. A comunidade está triste, todos nós perdemos uma mãe", lamentou.
Johanna Mazibuko sobreviveu tanto a Guerras Mundiais como a duas pandemias, nomeadamente a gripe espanhola e a covid-19.