Em direto na SIC Notícias desde a Base Naval do Alfeite com a jornalista Joana Vitória Teixeira que confirma os esforços das buscas. No entanto, o tempo começa a escassear tendo em conta o oxigénio previsto, mas o comandante Baptista Pereira tem uma ótica mais otimista e experiente.
Na madrugada desta quinta-feira foram ouvidos novos sons matinais, o que limita ainda mais o perímetro de buscas.
A chamada “corrida contra o tempo”, porque a probabilidade de terminar o oxigênio brevemente está cada vez mais próxima. O comandante Baptista Pereira da Esquadrilha da Marinha explica a gravidade e as possibilidades da situação em que Titan e seus passageiros se encontram.
"Há esperança, o oxigénio está a terminar, mas as 96 horas são um valor de referência, mais do oxigénio é também a fixação do CO2, que é nocivo à nossa vida e tem de ser fixado numa estrutura química com cristais de cal que existem dentro do Titan, seguramente e assim podemos aumentar o tempo das 96 horas", explica o comandante.
Por isso, acrescenta Baptista Pereira, que as 96 horas é a indicação que o fabricante dá para uma operação normal, porém este incidente é tudo "menos normal".
"Estamos numa operação de altíssimo risco, com duas pessoas a bordo altamente experientes, portanto estou convencido que as 96 horas podem com relativa facilidade, dentro do mundo de extremo, ser um bocadinho menos extremo", acredita o comandante.
Na ajuda a esta operação está também o navio francês que se encontrava perto dos Açores e foi para a região para reforçar as buscas.
"É de grande capacidade que mergulhará certa de seis mil metros de profundidade, muitos sensores, câmaras de filmar de grande qualidade, uns grandes holofotes", exemplifica Baptista Pereira.
Na imagem ganha-se um nível de certeza diferente, dado que até agora as pistas têm sido apenas através do som, que é mais incerto e impreciso.
Os EUA estão a reforçar as buscas pelo Titan, o submarino desaparecido no Oceano Atlântico à medida que o tempo continua a contar e as probabilidades de sobrevivência dos ocupantes são cada vez menores.
Segundo os cálculos da Guarda Costeira norte-americana, o oxigénio dentro do aparelho irá esgotar-se poucos minutos depois das 12:00. Nas operações de busca e resgate estão vários equipamentos norte-americanos, britânicos, canadianos e franceses.