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Buscas pelo Titan: "Estamos a trabalhar sem parar"

A Guarda Costeira dos Estados Unidos avançou esta quarta-feira novos detalhes sobre as buscas pelo submarino, que desapareceu com cinco pessoas a bordo numa expedição aos destroços do Titanic.

Guarda Costeira dos EUA

Cláudia Machado

A Guarda Costeira dos Estados Unidos prestou esta quarta-feira à tarde novos esclarecimentos numa conferência de imprensa sobre as buscas pelo submarino Titan, que desapareceu no domingo com cinco pessoas a bordo, numa expedição aos destroços do Titanic. “Estamos a trabalhar sem parar”, garantiu o capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira norte-americana e responsável pela coordenação dos meios envolvidos nas buscas, garantindo que as autoridades estão em “contacto constante” com as famílias dos cinco homens.

Nas buscas aéreas e marítimas, além de equipas norte-americanas, estão também mobilizados meios do Canadá. São cinco os navios já empenhados, mas este número deverá ser duplicado nas próximas 24 horas. Uma equipa francesa também se dirige para o local com “equipamento de última geração”.

“Temos sempre esperança, é por isso que fazemos o que fazemos”, reforçou o responsável, admitindo não saber “o que são os ruídos detetados”, nomeadamente se vêm do submarino desaparecido, mas ficou a garantia de que “estão a decorrer buscas na zona de onde esses ruídos surgiram”.

Oxigénio pode acabar quinta-feira de manhã

Com base na informação prestada pela empresa OceanGate Expeditions, responsável pela expedição em causa, o submarino dispunha de 96 horas de oxigénio quando ficou incontactável, no domingo de manhã, pouco menos de duas horas depois de submergir em direção aos destroços do Titanic.

Isto significa que terão agora menos de 20 horas de oxigénio disponível e as reservas acabam na quinta-feira de manhã. Este é apenas um cenário possível, pois à BBC News, um responsável pela Guarda Costeira norte-americana já tinha admitido que “é muito difícil determinar com exatidão” quanto tempo terão realmente os cinco homens a bordo do Titan.

Missão ainda “é de busca e resgate”, garante Guarda Costeira

Na conferência de imprensa, o capitão Jamie Frederick afirmou ainda que a tripulação do submarino terá “alguns mantimentos disponíveis”, quer em termos de alimentos como de bebidas, mas não foi capaz de precisar para quantos dias, e voltou a garantir que esta ainda é uma “missão de busca e resgate”.

“Temos de ter esperança, mas não posso dizer com certeza o que são os ruídos detetados. O mais importante que vos posso dizer é que estamos a fazer buscas na zona de onde surgiram”, voltou a reforçar o capitão Jamie Frederick, adiantando que os primeiros sons foram detetados terça-feira, mas esta quarta-feira voltaram a ser ouvidos pelos meios envolvidos nas buscas.

A área de buscas abrangida até ao momento já é equivalente ao dobro do tamanho do estado norte-americano do Connecticut, que tem 13 mil km², explicou ainda o responsável, sublinhando que operação “é de enorme complexidade por ser tão longe da costa”.

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