As operações de busca pelo submarino desaparecido desde domingo prosseguem, tendo sido alargado o perímetro de procura. Aeronaves e equipamentos marítimos estão a ser utilizados nas operações de busca, que são muito complexas, entende o comandante João Fonseca Ribeiro, do Observatório de Segurança e Defesa das Sedes.
É importante tentar apurar o que aconteceu ao submarino na descida, quando se encontrava a 3.000 metros de profundidade. “Aparentemente terá havido algum problema”, pois ainda faltavam 800 metros para chegar aos destroços do Titanic, nota João Fonseca Ribeiro.
Por exemplo, o “perfil de salinidade da coluna de água" poderá ter interferido com as comunicações.
De seguida é necessário ter em conta as dimensões do submarino Titan. A plataforma tem cerca de sete metros de comprimento e a sua navegação é um alcance “relativamente pequeno, assim como a sua velocidade".
Ora, como se trata de um submarino com estas características, está sujeito a fatores relacionados com correntes submarinas, defende o comandante João Fonseca Ribeiro.
É preciso também analisar o ambiente dentro de água. “A coluna de água tem fenómenos muito grandes, por vezes desconhecidos”, aponta o comandante do Observatório de Segurança e Defesa das Sedes.
“Se por um lado, este ano, a janela de oportunidade para fazer esta fazer a expedição era limitada - devido às condições de agitação marítima - também podem haver fenómenos na coluna de água que se podem ter alterado”.