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Resgate do Titan: quatro fatores podem pôr em causa a saúde dos ocupantes

Submarino Titan está desaparecido desde segunda-feira, com o tempo a passar e já só resta esperança aos cinco ocupantes. O capitão-tenente Diogo Cavalheiro explicou quais o fatores a ter em conta num resgate de salvamento submarino.

SIC Notícias

O submarino Titan, da empresa OceanGate Expeditions, está desaparecido desde segunda-feira e continua a decorrer uma operação de busca e resgate para encontrar os ocupantes levada a cabo pelas autoridades norte-americanas na costa do Canadá.

O capitão-tenente médico naval, Diogo Cavalheiro, do Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica, esteve esta quarta-feira na SIC Notícias a esclarecer quais as hipóteses de salvamento dos cinco ocupantes.

De acordo com o especialista, é difícil saber porque depende de vários fatores, do que aconteceu ao submarino e das capacidades do veículo.

“Existem quatro fatores quando falamos em salvamento submarino, seja um submarino militar, seja neste caso um submersível civil”, disse o capitão-tenente.

Quais são os quatro fatores?

Existem quatro fatores que pode pôr em causa a saúde de quem os usa. Os gases que estão a ser respirados, representa um fator, o oxigénio é necessário para sobreviver e “existe uma capacidade limitada de oxigénio neste veículo”.

Por outro lado há a questão da temperatura e não se sabe se o submarino tem o controlo da temperatura a funcionar, isto preocupa porque à profundidade a que se encontra o veículo, a “água muito fria, está a 3ºC”.

Outro fator é a descompressão, não há informação se o submarino “está estanque ou se perdeu a estanquidade e se houve um aumento da pressão no seu interior”, caso tenha existido descompressão no interior do submarino, os ocupantes podem desenvolver a doença de descompressão.

A juntar a estes fatores, também, está a parte emocional que um cenário destes tem sobre os ocupantes.

Caso os ocupantes sejam resgatados a primeira abordagem a ter, segundo o capitão-tenente, “contrariar a hipotermia, hidratá-las e tratar da doença de descompressão caso a tenham”, concluiu o capitão-tenente.

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