Continuam as buscas pelo submarino da empresa OceanGate Expeditions que desapareceu no domingo no Oceano Atlântico. O aparelho realizava uma expedição aos destroços do Titanic quando foram perdidas as comunicações com terra.
A partir da Base Naval do Alfeite, o comandante da Esquadrilha de Superfície da Marinha, Baptista Pereira, explica as principais novidades de hoje.
"Há duas informações muito relevantes: o eventual ruído captado pelos sonares do navio-mãe que se encontra na área e que pode indiciar vida a bordo do Titan, ou que pelo menos não se desintegrou e poderá estar no fundo e não consegue vir à superfície".
“Existe um navio oceanográfico francês ao largo dos Açores que foi deslocado pelas autoridades francesas para a área do incidente, chegará lá esta manhã, está equipado com um ROV - muito semelhante ao ROV português, o Luso [que não será utilizado]. Este ROV Victor 6000 irá fazer um mergulho, provavelmente ainda esta manhã, princípio da tarde”.
Quatro hipóteses para o que pode ter acontecido ao Titan
O comandante Baptista Pereira coloca algumas hipóteses que poderão explicar o que terá acontecido ao Titan.
- O submarino pode ter tido uma “pequena avaria" e ter vindo para a superfície sem conseguir comunicar.
- O submarino poderá ter tido uma “avaria catastrófica”, como o casco ter implodido, o que, a 3.000 metros de profundidade, significa a perda da plataforma e em última instância a perda da vida dos passageiros a bordo.
- O submarino poderá estar no fundo do mar com uma “avaria não catastrófica que não lhe permite vir à superfície mas com as pessoas bem e a estrutura íntegra”
- O submarino pode ter-se aproximado excessivamente dos destroços do Titanic e ter ficado lá preso.
“O ruído que foi detetado pode corroborar estas duas últimas teses”.