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“O ruído que foi detetado pode corroborar a tese que o Titan pode ter ficado preso nos destroços do Titanic"

O comandante da Esquadrilha de Superfície da Marinha, Baptista Pereira, explica as principais novidades de hoje no quarto dia de buscas pelo submarino desaparecido no Oceano Atlântico.

SIC Notícias

Continuam as buscas pelo submarino da empresa OceanGate Expeditions que desapareceu no domingo no Oceano Atlântico. O aparelho realizava uma expedição aos destroços do Titanic quando foram perdidas as comunicações com terra.

A partir da Base Naval do Alfeite, o comandante da Esquadrilha de Superfície da Marinha, Baptista Pereira, explica as principais novidades de hoje.

"Há duas informações muito relevantes: o eventual ruído captado pelos sonares do navio-mãe que se encontra na área e que pode indiciar vida a bordo do Titan, ou que pelo menos não se desintegrou e poderá estar no fundo e não consegue vir à superfície".

“Existe um navio oceanográfico francês ao largo dos Açores que foi deslocado pelas autoridades francesas para a área do incidente, chegará lá esta manhã, está equipado com um ROV - muito semelhante ao ROV português, o Luso [que não será utilizado]. Este ROV Victor 6000 irá fazer um mergulho, provavelmente ainda esta manhã, princípio da tarde”.

Quatro hipóteses para o que pode ter acontecido ao Titan

O comandante Baptista Pereira coloca algumas hipóteses que poderão explicar o que terá acontecido ao Titan.

  • O submarino pode ter tido uma “pequena avaria" e ter vindo para a superfície sem conseguir comunicar.
  • O submarino poderá ter tido uma “avaria catastrófica”, como o casco ter implodido, o que, a 3.000 metros de profundidade, significa a perda da plataforma e em última instância a perda da vida dos passageiros a bordo.
  • O submarino poderá estar no fundo do mar com uma “avaria não catastrófica que não lhe permite vir à superfície mas com as pessoas bem e a estrutura íntegra”
  • O submarino pode ter-se aproximado excessivamente dos destroços do Titanic e ter ficado lá preso.

“O ruído que foi detetado pode corroborar estas duas últimas teses”.

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