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Titan “devia ter aparecido à superfície” ao fim de 14 horas. Então, o que falhou?

Um jornalista norte-americano que no ano passado esteve a bordo do Titan explica que o submarino tem um sistema que o devia ter trazido à superfície ao fim de 14 horas. Não tendo isso acontecido, aponta apenas duas hipóteses.

Titanic Expedition - OceanGate

Carolina Botelho Pinto

Um jornalista norte-americano da CBS esteve em 2022 a bordo do Titan, o submarino de excursões ao Titanic que está desaparecido. Na televisão, explicou que o veículo está equipado com um sistema que o devia ter trazido à superfície ao fim de 14 horas.

“Dos vários sistemas de equilíbrio do submarino, alguns funcionam mesmo que não haja eletricidade ou mesmo que os tripulantes estejam inconscientes. É um mecanismo de libertação prolongada que ao fim de 14 horas cai sozinho. Portanto, este submarino devia ter aparecido à superfície”, afirmou David Pogue.

Por isso, não ter aparecido à superfície pode significar duas coisas, apontou:

  • Ou o Titan ficou preso nalguma coisa no fundo do mar, o que David Pogue considera improvável
  • Ou houve uma rutura no casco e o Titan implodiu instantaneamente

David Pogue sublinhou que a experiência não é para quem não quer correr riscos e contou que, no ano em que esteve a bordo do Titan, houve um problema mecânico que resultou na viagem ser “abortada” aos 11 metros de profundidade.

“Toda esta indústria de viagens de aventura é perigosa. Subir em foguetões, visitar vulcões, todos sabemos os riscos envolvidos. E digo-vos que estes submarinos são de carácter excecional”, sublinhou.

“Como diz no termo de responsabilidade assinado, os tripulantes afirmam saber que o submarino não foi inspecionado ou certificado por qualquer entidade externa”, revelou David Pogue.

O jornalista considera que será muito difícil conseguir resgatar a tripulação do Titan, mesmo que as equipas consigam localizar o submarino. É que, recordou, o “resgate submarino mais profundo já efetuado foi a 457 metros”.

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