A África do Sul pretende oferecer ao seu símbolo máximo funerais à medida da sua estatura. Para além do estádio Soccer City, três outros estádios vão ser abertos à população para a transmissão da cerimónia num ecrã gigante, estando ainda previstos 150 locais de transmissão dispersos por todo o território do imenso país da África austral.
Membros do exército serão destacados para aeroportos, sede do Governo em Pretória, onde o corpo de Nelson Mandela estará em câmara ardente, e para Qunu, aldeia de "Madiba".
Cerca de uma centena de chefes de Estado e de Governo vão prescindir temporariamente das suas divergências e participar lado a lado no tributo ao líder da luta anti-apartheid e "pai da nação" sul-africana, que morreu na quinta-feira aos 95 anos.
De acordo com o programa oficial hoje divulgado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, um amigo, diversas crianças e o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, também vão usar da palavra para celebrar a memória do primeiro presidente negro da história do país.
As primeiras delegações estrangeiras começaram a chegar a Joanesburgo enquanto as autoridades ultimam os preparativos logísticos e de segurança, com dezenas de milhares de polícias e 11.000 soldados mobilizados para locais estratégicos.
O cortejo fúnebre do antigo presidente sul-africano Nelson Mandela, vai percorrer as ruas da capital Pretória durante três dias consecutivos, anunciou hoje o Governo sul-africano, encorajando a população a acompanhar o percurso. O cortejo decorrerá na quarta, quinta e sexta-feira da próxima semana.