Barack Obama, Dilma Rousseff e Raul Castro constam da lista de perto de uma centena de governantes estrangeiros presentes na cerimónia a realizar em Joanesburgo, em tributo ao líder da luta anti-'apartheid' e "pai da nação" sul-africana, que morreu na quinta-feira aos 95 anos.
De acordo com o programa oficial hoje divulgado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, um amigo, diversas crianças e o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, também vão usar da palavra para celebrar a memória do primeiro Presidente negro da história do país.
A cerimónia vai decorrer entre as 11:00 e as 15:00 (09:00 e 13:00, hora de Lisboa), no imenso estádio Soccer City de Soweto, a sul de Joanesburgo, onde Nelson Mandela protagonizou a sua última aparição pública em 2010, na final do campeonato do mundo de futebol.
Hoje, as primeiras delegações estrangeiras começaram a chegar a Joanesburgo, enquanto as autoridades ultimam os preparativos logísticos e de segurança, com dezenas de milhares de polícias e 11.000 soldados mobilizados para locais estratégicos.
A África do Sul pretende oferecer ao seu símbolo máximo funerais à medida da sua estatura. Além do estádio Soccer City, três outros estádios de Joanesburgo vão ser abertos à população para a transmissão da cerimónia num ecrã gigante, estando ainda previstos 150 locais de transmissão dispersos por todo o território do imenso país da África austral.
Na tarde de hoje, o parlamento sul-africano reuniu-se em sessão extraordinária na cidade do Cabo para homenagear o homem que negociou o fim do regime segregacionista com a liderança branca e evitou uma guerra civil.
Entre os convidados presentes na cerimónia, o mundo lusófono estará representado pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, pela Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pelo vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, e pelo chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza.
Cabo Verde será representado pelo Presidente, Jorge Carlos Fonseca, à semelhança de São Tomé e Príncipe, com a presença de Manuel Pinto da Costa.
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, também já confirmou a deslocação a Joanesburgo, enquanto as autoridades da Guiné-Bissau ainda não confirmaram o envio de um responsável oficial.
Lusa