Malala Yusufzai, de 14 anos, defensora da educação feminina, foi ferida a tiro na cabeça e no ombro em pleno dia por elementos do Movimento dos Talibãs do Paquistão, aliado da Al-Qaeda.
O atentado gerou uma onda de manifestações de apoio a Malala. A UNESCO anunciou mesmo a criação do "Fundo Malala para o direito à educação das raparigas", para o qual o Governo do Paquistão contribuiu com dez milhões de dólares (7,7 milhões de euros).
A jovem tornou-se um exemplo da oposição ao fundamentalismo no Paquistão e está a ser promovida a candidatura ao prémio Nobel da Paz.
"A história de Malala, mas também muitas outras, mostra bem que a violência, o desprezo pela dignidade humana e a rejeição da liberdade continuam a ser uma ameaça", destacou o primeiro-ministro francês numa cerimónia de homenagem a Malala promovida pela UNESCO.
"Os direitos humanos são universais e quando são violados todo o ser humano tem o dever de se indignar", salientou Jean-Marc Ayrault.
O pai de Malala foi nomeado conselheiro especial das Nações Unidas junto do enviado especial da ONU para a Educação, Gordon Brown, anunciaram os serviços do antigo primeiro-ministro britânico.
Ziauddin Yusufzai, professor e ex-diretor de estabelecimentos de ensino, vai ajudar Gordon Brown na tarefa de levar à escola todas as crianças do mundo até 2015, de acordo com os Objetivos do Milénio para o Desenvolvimento, fixados pela ONU.