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Presidente do Afeganistão promete capturar atacantes da jovem Malala Yusafzai

O Presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, prometeu hoje, numa entrevista divulgada na Índia, onde se encontra em visita, capturar os talibãs que alvejaram e feriram a adolescente paquistanesa Malala Yusafzai, defensora do direito das meninas à educação.

© Handout . / Reuters

"O Afeganistão vai perseguir os atacantes de Malala", garantiu Karzai,  em entrevista à televisão CNN-IBN, no dia em que inicia uma visita de quatro  dias à Índia, sem deixar, porém, de acusar o Paquistão de armar e treinar  adolescentes para atos criminosos.  

 "O terrorismo é uma cobra e, quando se treina uma cobra, não se pode  esperar que entre apenas na casa do vizinho", vincou o chefe de Estado afegão.

 Malala, uma adolescente de 15 anos, sobreviveu a um ataque perpetrado  há um mês por talibãs paquistaneses, que a alvejaram, e a mais duas adolescentes,  quando seguia num autocarro escolar em direção a casa. 

 Os radicais islâmicos do Movimento dos Talibãs do Paquistão reivindicaram  o ataque, alegando que quiseram punir a adolescente pelo "crime" de advogar  o direito das meninas a irem à escola, na localidade de Swat. 

A coragem de Malala -- baleada na cabeça e num ombro e que recupera  num hospital inglês desde 15 de outubro - conquistou milhões de pessoas  em todo o mundo, o que levou as Nações Unidas a declararem o "Dia de Malala",  um dia de ação global em seu nome que se assinala hoje. 

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou um apelo à adesão de  todos à campanha de apoio a Malala, recordando o seu exemplo para 61 milhões  de crianças que não vão à escola em todo o mundo. 

 O enviado especial da ONU para a educação, Gordon Brown, criou uma petição  de apoio a Malala e ao direito universal à educação. 

 Outra petição, lançada numa página de Internet canadiana, pede o Nobel  da Paz para Malala Yusafzai e já foi assinada por mais de 87 mil pessoas.

Lusa

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