Meteorologia

Espanha aumenta descargas no Tejo: uma barragem acumulou 190 hectómetros cúbicos em 48 horas

190 hectómetros cúbicos encaixados em 48 horas não deixaram alternativa à segunda maior barragem de toda a Espanha que não fosse debitar para o Tejo.

João Tiago

Luís Silva

A situação vivida no Baixo Tejo resulta da queda de chuva intensa que encheu barragens em Portugal, mas também no país vizinho. Espanha teve de aumentar as descargas.

190 hectómetros cúbicos encaixados em 48 horas não deixaram alternativa à segunda maior barragem de toda a Espanha que não fosse debitar para o Tejo.

20 quilómetros a jusante, na fronteira com Portugal, Cedillo abria o fluxo. 2150 metros cúbicos por segundo.

Em Portugal, no Alto Alentejo, são já Pracana, Fratel e Belver a adensar o caudal do Tejo. Há pouco mais a fazer do que conter o índice de descarga no Zêzere.

Castelo de Bode, sob pressão das descargas em Cabril e Bouça e do cheio afluente Rio Nabão, vai resistindo a injetar mais do que 2300 metros cúbicos por segundo, num Tejo que afinal não é grande o suficiente para tanta água.

O lastro da depressão Martinho estende-se ao Vouga. Ribeiradio já descarrega obrigando a que uns quilómetros abaixo também Ermida começasse a descarregar.

Mondego também esteve em alerta.

Já no sábado, o Rio Ceira tinha galgado as margens, inundando garagens em Cabouço. Baixou, entretanto, o nível das águas, permitindo que Fronhas pudesse descarregar em simultâneo com a Aguieira, sem afetar Coimbra

No Douro, Tua, Varosa e Vilar Tabuaço estão a gerir o limite.

A sul, Pedrógão está há uma semana a libertar o excesso de Alqueva e teve de intensificar o fluxo na última noite.

O maior lago artificial da Europa está agora a uns finos 18 centímetros da cota máxima.

Odeleite, Beliche e Funcho, no Algarve, já aliviaram quanto baste.

Mas já se antevê que Odelouca, quase vazia ao longo da última década, possa vir ainda este ano estrear-se a libertar água. O nível já está próximo dos 80%.

Últimas