Meteorologia

Depressão Martinho: região do Baixo Tejo em alerta devido ao risco de cheias

A região do baixo tejo está em alerta devido ao risco de cheias. Espanha foi obrigada a intensificar as descargas das barragens, depois das chuvas históricas nos últimos dias. A Agência Portuguesa do Ambiente avisa que a subida do caudal do rio é inevitável.

João Tiago

Luís Silva

Castelo de Bode vai tentando controlar o caudal do Zêzere, sob pressão das descargas em Cabril e Bouça e do afluente Rio Nabão. Para já, resiste-se a injetar mais do que 2.300 metros cúbicos por segundo para um Tejo que afinal não é grande o suficiente para tanta água.

Espanha, que vinha contendo as descargas, já não consegue evitar abrir a torneira, após recordes de chuva.

A depressão Martinho deixou também Pracana, Fratel e Belver a transbordar. É água que vai adensar a situação nos campos agrícolas do Tejo.

O lastro da depressão martinho estende-se ao Vouga. Ribeiradio já descarrega, obrigando a que uns quilómetros abaixo também Ermida começasse a descarregar. Risco de cheia, por isso, em toda a bacia hidrográfica.

Mondego mantém-se também em alerta. Já ontem o Rio Ceira ultrapassou as margens, inundando garagens em Cabouço. Baixou entretanto o nível das águas, permitindo que Fronhas pudesse descarregar em simultâneo com a Aguieira, sem risco, para já, de afetar Coimbra.

No Douro, Tua, Varosa e Vilar Tabuaço estão a gerir o limite. A sul, Pedrógão está há uma semana a libertar o excesso de Alqueva, Odeleite, Beliche e Funcho, no Algarve, já aliviaram quanto baste.

Mas já se antevê que Odelouca, quase vazia ao longo da última década, possa vir ainda este ano estrear-se a libertar água.


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