Castelo de Bode vai tentando controlar o caudal do Zêzere, sob pressão das descargas em Cabril e Bouça e do afluente Rio Nabão. Para já, resiste-se a injetar mais do que 2.300 metros cúbicos por segundo para um Tejo que afinal não é grande o suficiente para tanta água.
Espanha, que vinha contendo as descargas, já não consegue evitar abrir a torneira, após recordes de chuva.
A depressão Martinho deixou também Pracana, Fratel e Belver a transbordar. É água que vai adensar a situação nos campos agrícolas do Tejo.
O lastro da depressão martinho estende-se ao Vouga. Ribeiradio já descarrega, obrigando a que uns quilómetros abaixo também Ermida começasse a descarregar. Risco de cheia, por isso, em toda a bacia hidrográfica.
Mondego mantém-se também em alerta. Já ontem o Rio Ceira ultrapassou as margens, inundando garagens em Cabouço. Baixou entretanto o nível das águas, permitindo que Fronhas pudesse descarregar em simultâneo com a Aguieira, sem risco, para já, de afetar Coimbra.
No Douro, Tua, Varosa e Vilar Tabuaço estão a gerir o limite. A sul, Pedrógão está há uma semana a libertar o excesso de Alqueva, Odeleite, Beliche e Funcho, no Algarve, já aliviaram quanto baste.
Mas já se antevê que Odelouca, quase vazia ao longo da última década, possa vir ainda este ano estrear-se a libertar água.