TAP: o futuro e as polémicas

Relatora da comissão de inquérito à TAP "parece que vive noutro país"

José Gomes Ferreira analisa o relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP, que afasta a interferência do Governo na gestão da TAP.

José Gomes Ferreira

O relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP foi apresentado e a oposição apressou-se a denunciar a falta de imparcialidade, que se prende com o facto da relatora, Ana Paula Bernardo, ser deputada do PS. No Jornal da Noite, José Gomes Ferreira considera que a deputada "parece que vive noutro país", sobretudo quando a própria diz que “não há evidências de interferência das tutelas na gestão da TAP”.

Numa audição parlamentar, a ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, admitiu que houve interferência das tutelas na gestão da TAP. Recorde-se, por exemplo, da pressão para alterar o voo do Presidente da República. No entanto, a deputada do PS, Ana Paula Bernardo, não retirou essa conclusão.

"Nesta versão preliminar, passou uma esponja sobre a atuação de vários políticos que estiveram envolvidos", entende José Gomes Ferreira.

O relatório sobre a TAP cingia-se aos atos de gestão política entre 2020 e 2022. Porém, durante a comissão de inquérito, “vimos o destapar de situações com a privatização da TAP com o dinheiro da própria companhia”, salienta Gomes Ferreira.

Na ótica de José Gomes Ferreira, quando a relatora diz que a função dela era muito clara e não poderia extravasar esse período temporal, foi "para não incluir as responsabilidades dos governantes do PS".

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