TAP: o futuro e as polémicas

Relatório da CPI à TAP: Pedro Nuno Santos recusa comentar documento

A deputada do PS, relatora da comissão de inquérito à TAP, diz que não está a tirar responsabilidades ao ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

SIC Notícias

A deputada relatora da comissão de inquérito à TAP diz que não está a tirar responsabilidades a Pedro Nuno Santos e recusa ter uma posição igual à do PS. Os incidentes no Ministério das Infraestruturas e a intervenção dos Serviços Secretos ficaram fora das conclusões.

"Este é um relatório sobre a TAP, não pretende ser um diário da CPI", começa por explicar Ana Paula Bernardo, a relatora da CPI.

Os incidentes no Ministério das Infraestruturas no dia 26 de abril de 2023, que envolvem o adjunto de João Galamba, Frederico Pinheiro, ficaram fora das conclusões.

Não fazem parte do objeto da comissão. O caso já foi remetido para as entidades policiais relevantes. Não é desvalorizar ou querer ignorar a situação, até porque estas situações exigem que os seus responsáveis tenham uma reflexão sobre o sucedido”, entende a deputada do PS.

Sobre a indemnização a Alexandra Reis, a responsabilidade é atirada para a ex-presidente executiva da TAP. E a relatora ainda conclui que Pedro Nuno Santos sabia, mas não sabia assim tanto.

"Houve de facto conhecimento da negociação do valor, mas não houve informação nem conhecimento dos termos em que esse valor estava a ser discutido. Não é uma tentativa de desresponsabilizar.

O relatório preliminar da CPI foi atacado por todos os partidos. A deputada é do PS, mas garante que isso não enviesou o trabalho.

De acordo com a deputada relatora, "não se registaram situações com relevância material que evidenciem uma prática de interferência na gestão corrente da empresa por parte da tutela", ou seja, por parte dos Ministérios das Finanças e das Infraestruturas.

No entanto, nas conclusões, também recomendou aos diferentes Ministérios do Executivo "uma melhor articulação" para futuro em casos em que as empresas do setor público têm tutela partilhada.

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