Milhares de pessoas estão sem casa, água e aquecimento, com temperaturas negativas. A Organização Mundial da Saúde avisa que, com estas condições, há o risco de haver uma outra tragédia, que pode fazer mais mortos do que o próprio sismo.
Sobreviver ao frio é outra luta que os sobreviventes do sismo na Turquia e na Síria têm agora pela frente. Muitos desalojados relatam que várias pessoas estão feridas, com fome e que não têm meios para se aquecerem.
Desalojados vão passar 3ª noite ao relento
Em várias tendas de ajuda humanitárias preparam-se refeições que serão distribuídas para aqueles que se preparam para passar a terceira noite ao relento, num momento em que o inverno se mostra rigoroso.
Para os que vivem agora na rua as tendas, as fogueiras improvisadas e os carros tornam-se em abrigos. Junta-se em acampamentos temporários perto das operações de resgate.
O alerta da OMS
Quase todos continuam à espera de notícias de familiares desaparecidos, mas a esperanças é cada vez menor.
Se a ajuda internacional não chegar rapidamente nos próximos dias aos sobreviventes que vivem em condições desumanas, a OMS alerta que há o risco de haver outra tragédia que pode fazer mais vítimas que o próximo sismo.
Zonas controladas por rebeldes levantam preocupações acrescidas
No noroeste da Síria, o drama ainda pode ser pior nas áreas controladas pelos rebeldes, já que as equipas de ajuda humanitária não conseguem entrar. A ONU pede para se deixe a política de lado para garantir que as equipas possam trabalhar no terreno.
Na Turquia, o Presidente Erdogan tem estado a acompanhar as operações de resgate e diz que há mais de 60 países que estão a enviar ajuda. Promete ainda dar um apoio de 10 mil liras, 494 euros, às famílias afetadas pelo sismo.