Uma coluna humanitária da ONU dirige-se esta quinta-feira para a fronteira de Bab al Hawa, que une a província síria de Idlib à Turquia, região afetada pelos sismos de segunda-feira, para entregar o primeiro carregamento destinado às áreas controladas pela oposição.
O noroeste da Síria, seriamente afetado pelos tremores de terra registados na segunda-feira, com epicentro na Turquia, é controlado pela oposição e pelos extremistas islâmicos em guerra com o regime de Damasco desde 2011.
Segundo uma fonte fronteiriça, que pediu anonimato, prevê-se que a coluna das Nações Unidas, formada por seis veículos, entre no último reduto da oposição síria por volta das 12:00 (09:00 em Lisboa) para distribuir uma parte da ajuda que já estava destinada aos territórios sírios antes do terramoto.
O balanço dos abalos que atingiu na segunda-feira a Turquia e a Síria é já superior a 16 mil mortos, indicaram esta quinta-feira autoridades e fontes médicas.
Pelo menos 12.873 pessoas morreram na Turquia e 3.162 na Síria, disseram as mesmas fontes, o que eleva a 16.035 o número total de vítimas mortais, enquanto prosseguem as operações, sob frio extremo, para tentar encontrar sobreviventes.
O sismo mais forte, de magnitude 7,8 na escala de Richter, atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.
Com o passar das horas, encontrar sobreviventes é cada vez mais difícil
Com o passar das horas, encontrar sobreviventes será cada vez mais difícil, apesar do trabalho frenético das equipas de busca e salvamento. A Organização Mundial da Saúde diz que o número de mortos pode chegar aos 20 mil.
A cada dia, a cada hora mais, as probabilidades vão-se esgotando. Os pedidos de ajuda tornar-se-ão mudos e a vida começará a sumir-se.
Há milhares de operacionais no terreno. As equipas de busca e salvamento conhecem os limites do ser humano, mas o espírito mantém-se aceso e sucedem-se os relatos de vidas salvas.
As imagens que chegam às agências são sobretudo de crianças.