A Força Operacional Conjunta (FOCON) já partiu para a Turquia, na sequência do sismo que atingiu o país. A partida da missão portuguesa tinha sido adiada devido a constrangimentos relacionados com o atraso do voo humanitário, segundo a Proteção Civil.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, e a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, estão presentes na partida da Força Operacional Conjunta.
O ministro José Luís Carneiro começa por agradecer a “disponibilidade e prontidão” da equipa portuguesa e sublinha que os seus elementos “têm muita experiência de participação em cenários com a complexidade e com a dificuldade que vão encontrar”.
O ministro da Administração Interna reforça que o cenário que a força portuguesa vai encontrar será de uma “destruição desoladora”.
Não esquece, porém, a importância desta missão, para projetar um “esforço de afirmação de Portugal como um país coprodutor de segurança e Proteção Civil em termos internacional”.
“A realidade é muito pior do que aquilo que se vê na televisão”
A declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros não escondeu também as dificuldades e o cenário que a equipa portuguesa vai encontrar quando chegar à região atingida pelo sismo.
João Gomes Cravinho falou com o homólogo turco, Mevlüt Çavuşoğlu, que sublinhou que a “realidade é muito pior do que aquilo que se vê na televisão”. Para além disso, mostrou-se sensibilizado pelo “gesto muito significativo da parte portuguesa”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, deixa ainda uma palavra de "profundo agradecimento" ao MAI, pela rapidez com que conseguiu reunir estes meios e finaliza dizendo aos elementos da FOCON, “sei que serão um orgulho para Portugal”.
A Força Operacional Conjunta, com valências nas áreas de busca, salvamento, proteção e socorro em estruturas colapsadas, é composta por 52 operacionais ao todo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, da Guarda Nacional Republicana, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica. Para além disso, também serão acompanhados por seis cães.
A ajuda humanitária decorre do pedido de assistência internacional formulado pelas autoridades turcas através do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. No terreno já estão mais de 1.600 equipas de 65 países.
(Artigo atualizado às 23.39)