Um dia depois da primeira ronda de negociações em São Bento, sem a presença do primeiro-ministro, o ministro Paulo Rangel destacou “o espírito construtivo” com que o Governo se apresenta, mas salientou que serão necessárias cedências de todas as partes envolvidas.
Mas, para já, o Governo só quer falar num cenário.
“O ambiente é construtivo, de construção de um consenso que possa levar à aprovação do Orçamento. Portanto, se estamos de boa-fé não vamos agora começar a contemplar as hipóteses de esse exercício falhar, temos que estar de boa-fé, com espírito construtivo, todas as partes e não apenas o Governo, no sentido de se encontrar um Orçamento que possa ser aprovado”, refere Paulo Rangel.
A negociação formal começou sexta-feira, acontece que para haver um entendimento tem de haver cedências e o Governo quer consenso, mas o ministro lembra que há uma base de partida.
“O espírito, a linha, a espinha dorsal do programa do Governo obviamente tem de ser cumprida (…). O empenhamenot do Governo é a construção de um consenso que leve à aprovação do Orçamento em tempo devido. Isto significa que 2025 possa correr com essa estabilidade e previsibilidade”, avisa.
Do lado do Bloco de Esquerda, a decisão já está tomada: o voto vai ser contra. “É um Govenro que está a leste do país real, e por isso o BE não pode concordar com o caminho traçado e isso estende-se ao Orçamento”, sustenta a coordenadora do partido Mariana Mortágua.
Além do PSD, voto favorável garantido só o CDS-PP. O partido celebrou 50 anos no Palácio de Cristal, no Porto, com o líder Nuno Melo a lembrar as conquistas da coligação, mas sociais-democratas e centristas juntos não garantem a aprovação das contas para 2025…