O Campeonato do Mundo de Futebol Feminino decorre de 20 de julho a 20 de agosto na Austrália e Nova Zelândia, pela primeira vez com a presença de Portugal. A cerimónia de abertura tem lugar esta quinta-feira antes do jogo inaugural, numa cerimónia com a participação das cantoras australiana Mallrat e neozelandesa Benee.
Logo a seguir, a Nova Zelândia, uma das anfitriãs, e a Noruega defrontam-se, no Estádio Eden Park, em Auckland, às 8:00 em Portugal continental (19:00 na Nova Zelândia).
A diferença horária de Portugal para a Nova Zelândia é de menos 11 horas e para a Austrália menos 9, por isso muitos jogos vão ser disputados durante a madrugada de Portugal, ou ao início da manhã.
A seleção nacional é uma dos estreantes na competição, bem como a do Vietname, que defrontará na segunda jornada, a 27 de julho.
A estreia de Portugal acontecerá frente às experientes vice-campeãs mundiais dos Países Baixos, no domingo, enquanto na terceira e última jornada defrontará as bicampeãs do mundo, os Estados Unidos, em 1 de agosto.
Quando joga Portugal?
- 23 de julho: Países Baixos-Portugal (domingo, às 8:30)
- 27 de julho: Portugal-Vietname (quinta-feira, às 8:30)
- 1 de agosto: Portugal-Estados Unidos (terça-feira, às 8:00)
Guarda-redes: Rute Costa, Inês Pereira e Patrícia Morais
Defesas: Ana Seiça, Carole Costa, Catarina Amado, Diana Gomes, Joana Marchão, Lúcia Alves, Sílvia Rebelo e Ana Rute
Médias: Andreia Norton, Andreia Jacinto, Dolores Silva, Fátima Pinto, Francisca Nazareth e Tatiana Pinto
Avançadas: Ana Borges, Ana Capeta, Carolina Mendes, Diana Silva, Jéssica Silva e Telma Encarnação
Decisões do VAR comunicadas nos estádios
As explicações sobre as decisões do videoárbitro (VAR) vão ser transmitidas em tempo real nos estádios e na transmissão televisiva.
O sistema será usado pela primeira vez numa competição Mundial de seleções seniores, depois de ter sido testado no Mundial de clubes, disputado em Marrocos, e no Mundial de sub-20, que decorreu na Argentina.
"Queremos dar mais transparência ao processo e melhorar a compreensão das decisões da arbitragem", explicou Pierluigi Collina.
O presidente do comité de arbitragem da FIFA garantiu que os árbitros presentes na competição, "já experimentaram o sistema de som nos campos de treino e tudo correu bem".
Como está organizada a prova?
Este é o primeiro campeonato do mundo com 32 seleções, o primeiro a realizar-se no hemisfério sul e o primeiro coorganizado por dois países.
A última edição, em 2019, decorreu em França e contou apenas com a participação de 24. As seleções estão divididas por oito grupos.
Grupo A: Nova Zelândia, Noruega, Filipinas, Suíça
Grupo B: Austrália, Irlanda, Nigéria, Canadá
Grupo C: Espanha, Costa Rica, Zâmbia, Japão
Grupo D: Inglaterra, Haiti, Dinamarca, China
Grupo E: Estados Unidos, Vietname, Países Baixos, Portugal
Grupo F: França, Jamaica, Brasil, Panamá
Grupo G: Suécia, África do Sul, Itália, Argentina
Grupo H: Alemanha, Marrocos, Colômbia, Coreia do Sul
A prova tem início com a fase de grupos, com cada seleção a jogar três partidas. As duas primeiras classificadas de cada grupo seguem para os oitavos de final, com a competição a passar a ser em eliminatórias diretas.
Fase de Grupos: de 20 de Julho a 3 de Agosto
Oitavos de Final: de 5 a 08 de Agosto
Quartos de Final: 11 e 12 de Agosto
Meias-finais: 15 e 16 de Agosto
Jogo de atribuição do 3º Lugar: 19 de Agosto
Final: 20 de Agosto
Uma competição com ausências de peso
Este é um Mundial marcado pela ausência de alguns nomes fortes do futebol no feminino, desde logo das espanholas em litígio com o selecionador Jorge Vilda, embora 'La Roja' conte com a melhor do mundo, Alexia Putellas.
Um cenário em que também a Inglaterra não terá Beth Mead, melhor jogadora do último Europeu, nem Leah Williamson, ambas com lesões ligamentares, além de Fran Kirby, também lesionada, ou das retiradas Ellen White e Jill Scott.
Outra candidata 'ferida' é a França, sem Marie-Antoinette Katoto e Delphine Cascarino, ou a capitã Wendie Renard, em conflito com aquilo a que designou de "sistema", que a 'obrigou' a suspender a atividade na seleção.
Outra candidata 'ferida' é a França, sem Marie-Antoinette Katoto e Delphine Cascarino, ou a capitã Wendie Renard, em conflito com aquilo a que designou de "sistema", que a 'obrigou' a suspender a atividade na seleção.
A difícil tarefa de Portugal
Ainda assim, Países Baixos, Inglaterra, Espanha, França, Canadá, da ex-benfiquista Cloe Lacasse, Alemanha ou Austrália são as seleções 'mais próximas' de contestar a hegemonia norte-americana, alicerçada em quatro títulos em oito Mundiais, dois dos quais nas edições mais recentes.
Em 2015, as norte-americanas golearam na final o Japão por 5-2 e em 2019, em França, tiveram também quase um jogo de sentido único contra as então campeãs europeias dos Países Baixos (2-0).
Estas duas seleções surgem como candidatas e a saírem do mesmo grupo, para 'azar' de Portugal.