29 de julho de 1981. Mais de sete milhões de pessoas assistiram pela televisão ao casamento de Carlos e Diana. Este seria apenas um prenúncio da atenção mediática que uma figura como Diana poderia trazer (de bom e de mau) à família real.
Mas voltemos atrás. Diana tinha 17 anos e Carlos 29 quando os dois se conheceram. Foram apresentados pela irmã de Diana, com quem Carlos chegou a ter um breve namoro.
Um ano depois, voltaram a encontrar-se na grande festa dos 30 anos do príncipe de Gales e dançaram juntos. Diana tinha o sangue aristocrático conveniente à mulher do herdeiro da coroa. Por isso, nos bastidores, começaram de imediato as manobras para juntar a educadora infantil e o solteiro mais desejado do Reino Unido.
Casaram quatro anos depois do primeiro encontro, mas o que ninguém via era o que se passava por trás das câmaras. Na véspera do matrimónio, Carlos disse a Diana que não a amava. Ela ficou devastada, ele tentou apenas ser honesto e não criar expectativas, dizem os biógrafos de ambos os lados.
Seguiram-se 15 anos tumultuosos. Apenas em privado, nos primeiros tempos. O casal cumpriu para a família e para o público o que dele era esperado, com dois filhos, William e Harry, a garantir a continuidade na linha de sucessão ao trono.
Mas a relação entre Diana e Carlos acabou por se desenvolver doente e baseada em ciúmes de parte a parte.
A princesa do povo a lamentar que Camila fizesse parte do triângulo amoroso, e Carlos descontente com a popularidade crescente daquela que deveria ser apenas a esposa obediente.
Ao fim de seis anos de casamento, o público fica a saber pela imprensa tabloide que o casal está a passar por problemas. Ainda assim, o palácio de Buckingham vai conseguindo gerir os desentendimentos.
Os 10 anos de casamento são celebrados com uma manobra de marketing que tenta mostrar que está tudo bem, mas não estava. E a separação foi anunciada um ano depois.
Os tabloides revelam gravações de telefonemas românticos entre Carlos e Camila e o príncipe acaba por admitir, em 94, ter traído Diana com Camila. Diana também admite infidelidades, um ano depois, numa entrevista à BBC.
Estava mais que acabado o conto de fadas, com o divórcio a ser assinado em 96 e a opinião pública a ficar do lado da princesa Diana. Mas a atenção mediática nunca a largou e, em 97, acaba por morrer num desastre de automóvel numa fuga aos paparazzi.
Carlos ficará para sempre ligado à história de um casamento falhado. O príncipe, agora Rei, decidiu escolher o amor para além das conveniências, ao lado de Camila.