Para a história da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa ficam oito discursos do Papa Francisco, que deixou recados para o clero, para os jovens e para os políticos. Desafiou a União Europeia a encontrar formas criativas para acabar com a guerra na Ucrânia e deixou uma mensagem de coragem à juventude: pediu que assumam, em medo o inconformismo, as dificuldades e a vontade de alcançar os sonhos.
O hino da Jornada de Lisboa nasceu com acordes que foram viciando os ouvidos e os gestos ao longo dos dias, mas o lema da Jornada (JMJ) haveria de nascer, de improviso, num ambiente poliglota. Soou numa só língua, a língua do Papa Francisco.
Uma das principais polémicas durante o evento
No parque Eduardo VII, e um pouco por toda a cidade, as bandeiras foram sinal da união de culturas e pontualmente revelaram a divisão de pensamentos, a que o Papa respondeu à letra e com uma só palavra: “Todos”.
Se críticas há à igreja, Francisco atalhou caminho na confissão e no reconhecimento dos erros logo nos primeiros dias. Devoto de Nossa senhora de Fátima, recebeu 13 vítimas de abusos sexuais.
No Parque Tejo, foi treinador de bancada, falou aos jovens como quem fala de futebol. Mas à chegada, perante uma plateia carregada de responsabilidade politica, Francisco puxou os cordões da diplomacia e instigou a União Europeia a procurar caminhos para a paz.
Francisco visitou bairro da Serafina, em Lisboa
No bairro da Serafina ainda há latrinas sociais onde pela manhã as famílias despejam o balde higiénico. Ninguém por aqui acreditava que o bairro fizesse parte do mapa de Francisco, em Lisboa. A verdade é que foi exatamente isso que aconteceu.
Cinco dias, cinco cidades, entre elas Fátima, Francisco não abdicou de passar e rezar. Como peregrino regressou a Lisboa e à chegada lembrou o oceano e navegou, juntamente com os peregrinos, numa onda de multidão e fé.