O Papa Francisco expressou este domingo profunda gratidão ao Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao povo português, na viagem de regresso a Roma, após ter presidido à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa.
"No meu regresso a Roma, no final da minha viagem apostólica, quero, uma vez mais, expressar a minha profunda gratidão a sua excelência [Presidente da República] e ao povo de Portugal, pela receção calorosa e hospitalidade que recebi durante a minha visita", lê-se num telegrama que Francisco enviou a Marcelo Rebelo de Sousa.
No avião, o Sumo Pontífice respondeu a perguntas dos jornalistas que o acompanharam nesta viagem. Sobre os casos de abusos sexuais em Portugal, o Papa diz que está a ser feito um trabalho sério de investigação e que os sacerdotes considerados culpados têm de ser responsabilizados.
"Falar com pessoas abusadas é uma experiência muito dolorosa, que também me faz bem, não porque me dê gozo escutar, mas porque me ajuda a assumir a responsabilidade desse drama", afirmou Francisco.
Francisco afirmou ainda que a JMJ de Lisboa foi a “mais bem preparada” do seu pontificado, sendo que esta foi a quarta Jornada Mundial da Juventude desde que é Papa.
"Esta foi a mais bem preparada que vi", afirmou Francisco aos jornalistas.
Segundo Francisco, esta edição da jornada foi também "a mais numerosa" que viu. Cerca de um milhão e meio de pessoas participaram hoje na missa de encerramento da JMJ, no Parque Tejo, local onde no dia anterior, para a vigília, as autoridades avançaram o mesmo número.
"É impressionante" o número de peregrinos, declarou, referindo ainda que a celebração "foi muito bonita"
O Papa Francisco foi questionado sobre porque não fez um pedido público pela paz na Ucrânia, durante a oração de sábado no Santuário de Fátima. O chefe da Igreja Católica assegurou aos jornalistas que fez essa oração quando estava em recolhimento.
O chefe da Igreja Católica reiterou ainda uma das mensagens cruciais que transmitiu nesta Jornada: a de que a “todos, todos, todos” pertencem à Igreja. Isto depois de ser questionado por uma jornalista sobre o porquê de mulheres e homossexuais não poderem receber todos os sacramentos.
O avião da TAP que transportou o Papa Francisco para Roma, juntamente com a sua comitiva e jornalistas, aterrou no Aeroporto Internacional de Fiumicino pelas 21:40 locais (menos uma hora em Portugal continental).