Jornada Mundial da Juventude

Papa Francisco pede aos jovens para serem "surfistas do amor"

Num discurso no Parque Marítimo de Algés, o líder da Igreja Católica salientou que "mais do que trabalho", os milhares de voluntários prestaram “um serviço”.

SIC Notícias

Lusa

O Papa Francisco comparou este domingo a onda de jovens em Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com as ondas gigantes na Nazaré, pedindo-lhes para serem "surfistas do amor".

"Como sabem muitos de vós, e soube também eu, existe a norte de Lisboa uma localidade - Nazaré - onde se podem admirar ondas que chegam aos 30 metros de altura, tornando-se uma atração mundial, especialmente para os surfistas", afirmou Francisco, no Passeio Marítimo de Algés.

Dirigindo-se aos voluntários, no último grande momento da JMJ, reconheceu que eles enfrentaram "uma onda enorme, não de água, mas de jovens que afluíram" a Lisboa.

"Mas, com a ajuda de Deus, com tanta generosidade e apoiando-vos mutuamente, conseguistes cavalgar esta onda grande. Esta levou-vos ainda mais alto", considerou.

O líder da Igreja Católica pediu para que continuem "a cavalgar as ondas da caridade" e para serem "surfistas do amor".

"Seja o serviço da JMJ a primeira de tantas ondas boas, cada vez sereis levados mais alto, mais perto de Deus, e isto permitir-vos-á ver duma perspetiva melhor o vosso Caminho", acrescentou.

“Obrigado”, a palavra mais repetida

O Papa agradeceu o trabalho dos voluntários que tornaram possível a JMJ, que terminou em Lisboa.

"Obrigado. Lutastes durante vários meses, de forma escondida, sem barulho e sem protagonismos, para que todos pudéssemos encontrar-nos aqui", afirmou, no Passeio Marítimo de Algés, concelho de Oeiras (Lisboa), depois de ouvir testemunhos de três voluntários.

A JMJ contou com cerca de 25 mil voluntários provenientes de 150 países, sobretudo de Portugal, Espanha, França, Brasil e Colômbia. Dois terços são mulheres e a média de idades é 28 anos.

“Quem ama não fica de braços cruzados”

Destacando o trabalho de grupo, salientou que "mais do que trabalho", os voluntários prestaram "um serviço".

"Quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve e apressa o passo para alcançar os outros. E vós, quanto correstes nestes meses e nestes dias! Vi-vos dar resposta a inúmeras necessidades, às vezes, com o rosto marcado pelo cansaço, outras vezes um pouco acabrunhados com as urgências do momento, mas sempre com o sorriso e de olhos luminosos, luminoso pela alegria do serviço. Obrigado", afirmou.

Realçando que os voluntários correram muito, Francisco salientou que não foi uma "corrida frenética e sem rumo que às vezes caracteriza" o mundo, mas uma corrida "para servir e não para ser servidos".

Considerado o maior evento da Igreja Católica, a JMJ começou na terça-feira e terminou este domingo, em Lisboa.

O encontro com voluntários da JMJ foi o último ponto da agenda do Papa antes da despedida, no Aeródromo de Trânsito n.º 1, em Figo Maduro, Lisboa.

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