Insólitos

Apresentação de restos mortais de seres "não humanos" no México? "É golpe"

Jaime Maussan, um investigador que já foi desacreditado várias vezes apresentou os restos mortais, alegando não terem vestígios de ADN humano. Este acontecimento já gerou uma onda de críticas a nível mundial.

HENRY ROMERO/REUTERS

SIC Notícias

A primeira audiência pública do Congresso do México sobre Fenómenos Anómalos Não Identificados, que contou com a apresentação de supostos restos mortais de seres não-humanos, gerou uma rápida reação internacional nesta quinta-feira, com os críticos a rotulá-la de “golpe”.

O jornalista mexicano e entusiasta de Fenómenos Anómalos Não Identificados de longa data, Jaime Maussan, mostrou aos políticos presentes na audiência de terça-feira dois minúsculos "corpos" exibidos em caixas, com três dedos em cada mão e cabeças alongadas, alegando que foram encontrados no Peru, em 2017, e não estavam relacionados com nenhuma vida na Terra.

O ex-piloto da Marinha dos Estados Unidos, Ryan Graves, que também marcou presença na audiência para partilhar a sua experiência pessoal com avistamentos de "fenómenos anómalos não identificados", criticou a apresentação.

"A manifestação de ontem foi um grande retrocesso nesta questão", disse Graves na rede social social X, anteriormente conhecida como Twitter. "Estou profundamente dececionado com este golpe infundada.", acrescentou.

Jaime Maussan afirmou na apresentação que os espécimes foram recuperados perto das antigas Linhas de Nazca, no Peru, e foram analisados pela Universidade Nacional Autónoma do México, e concluiu-se que tinham cerca de mil anos de idade, alegando que não eram parentes de nenhuma espécie da Terra.

A descredibilização de Maussan

Não é a primeira vez que Jaime Maussan está no centro da polémica. O investigador já foi desacreditado várias vezes.

A ministra da Cultura peruana, Leslie Urteaga, disse que nenhuma instituição científica daquele país sul-americano identificou os restos mortais como não-humanos e questionou como os “corpos” deixaram o Peru.

"Há uma queixa criminal do Ministério da Cultura contra algumas pessoas que tiveram um relacionamento com estes senhores", disse Urteaga aos jornalistas na noite de quarta-feira, referindo-se a Maussan e aos seus associados.

"Vou pedir informações para ver o que aconteceu... sobre a retirada de objetos pré-hispânicos, porque entendo que fazem parte de restos ósseos pré-hispânicos", acrescentou.

David Spergel, ex-chefe do departamento de astrofísica da Universidade de Princeton revelou desconhecer a natureza das amostras, mas pediu transparência.

"Se tiver em sua posse algo estranho, disponibilize amostras à comunidade científica mundial e veremos o que há", disse ele.

Maussan ainda não teceu qualquer comentário sobre o assunto.

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