Guerra Rússia-Ucrânia

UE acusa Putin de não querer a paz, Macron manda hospitais franceses prepararem-se para um cenário de guerra

Depois do ataque massivo da Rússia sobre Kiev, os Estados Unidos propõem vender 700 milhões de euros em equipamento militar à Ucrânia.

Guilherme Monteiro

Por entre os escombros ainda pode haver esperança. Há famílias que esperam que os trabalhos de resgate possam encontrar com vida alguns dos desaparecidos. Entre a espera, chora-se também a dor.

Esta sexta-feira, junto às casas atingidas por drones russos, montaram-se memoriais em homenagem às vítimas que faleceram, algumas crianças, recordadas agora por estes peluches.

Vladimir Putin nem sequer poupou instalações dos aliados da Ucrânia. O Instituto Cultural do Reino Unido, British Council, ficou neste estado. Foi atingida também a representação diplomática da União Europeia, sinal de que Putin não quer a paz, disse a chefe da diplomacia europeia em Copenhaga, onde os ministros da Defesa dos 27 discutiram esta sexta-feira como aumentar a pressão sobre Moscovo.

EUA vendem 700 milhões euros em equipamento a Kiev

Ao mesmo tempo, em Nova Iorque, o chefe de gabinete de Zelensky encontrou o enviado especial norte-americano Steve Witkoff. Os americanos vão vender a Kiev mais de 700 milhões de euros em armamento, nomeadamente mísseis de longo alcance.

Mas Donald Trump, que encontrou Putin há dias em busca da paz, não se confessa surpreendido com o ataque massivo russo a Kiev. Putin não está de boa-fé nas conversações, dizem Macron e Merz, que estiveram reunidos numa cimeira franco-alemã, onde reiteraram que Kiev precisa de fortes garantias de segurança no pós-guerra.

Seja lá quando isso for, o Governo de Paris parece estar a preparar-se para todos os cenários. A imprensa revelou que o Ministério da Saúde francês até já pediu aos hospitais para se prepararem para um cenário de guerra até março do próximo ano.

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