Guerra Rússia-Ucrânia

"A Rússia quer reforçar posição no Donbas para depois voltar a atacar a Ucrânia"

Manuel Serrano, analista de assuntos europeus e política internacional, diz à SIC Notícias que “a estratégia da Rússia foi, desde o início, arrastar as negociações" e Vladmimir Putin "não está interessado na paz" na Ucrânia.

SIC Notícias

A pouco mais de uma semana para acabar o prazo dado por Donald Trump para a Rússia colocar um ponto final na guerra da Ucrânia, o chefe da diplomacia russa Serguei Lavrov diz que os pormenores do acordo ainda não estão fechados. O conflito perdura desde fevereiro de 2022.

Manuel Serrano, analista de assuntos europeus e política internacional, diz à SIC Notícias que “a estratégia da Rússia foi, desde o início, arrastar as negociações" e Vladmimir Putin não quer a paz.

“A Rússia não está interessada num cessar-fogo, não está interessada na paz. Quer ter uma melhor posição no Donbas para daqui a um tempo voltar a atacar a Ucrânia em melhores circunstâncias - sem Zelensky como Presidente, tendo um presidente fantoche, para poder fazer o que quiser da Ucrânia e acabar com a sua soberania”, afirma Manuel Serrano.

O analista diz que “está tudo igual” depois das últimas cimeiras no Alasca e em Washington, com a única diferença assinalável sendo “a unidade de grande parte dos líderes europeus”.

Cedências de Putin?

O vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, afirma que a Rússia está disponível para ceder no âmbito de um acordo de cessar-fogo na Ucrânia. Mas, para Manuel Serrano, “não houve cedências” do Presidente russo.

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