Guerra Rússia-Ucrânia

Desaparecido desde 2022, ex-autarca de Kherson surge em troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia

Esta troca é uma das poucas áreas em que os dois países ainda cooperam, mais de três anos após o início do conflito. Entre os libertados está o antigo presidente da câmara de Kherson, que acusa as forças russas de abusos.

SIC Notícias

A Rússia e a Ucrânia trocaram 146 prisioneiros de guerra de cada lado, num total de 292, anunciou este domingo o Ministério da Defesa russo, num momento em que decorrem esforços diplomáticos para resolver o conflito.

Segundo o Kremlin, os prisioneiros russos estão a receber assistência médica e psicológica na Bielorrússia. Kiev ainda não fez quaisquer declarações sobre a operação.

Entre os reféns libertados encontra-se o antigo presidente da câmara da cidade ucraniana de Kherson, desaparecido desde o final de 2022, que acusa as forças russas de abusos físicos e psicológicos.

"O principal objetivo das autoridades russas é destruir-nos tanto física como moralmente, e são bem-sucedidas.Muitos rapazes suicidaram-se, ficaram traumatizados. Não quero falar sobre isso neste dias", disse Volodymyr Mykolayenko.

Uma das últimas áreas em que Rússia e Ucrânia continuam a cooperar

A troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos é uma das últimas áreas em que Moscovo e Kiev continuam a cooperar, mais de três anos e meio depois do início do ataque russo à Ucrânia.

As duas partes em conflito trocaram milhares de prisioneiros este ano, em conformidade com os acordos assinados durante três rondas de negociações diretas em Istambul, de maio a julho, sendo estas trocas o único resultado concreto dessas reuniões.

Durante a última reunião neste formato, em julho, as duas delegações apenas reconheceram a "distância" entre as suas posições sobre o fim do conflito.

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